
Neste último domingo, ativistas, famílias e entusiastas se reuniram para participar da Marcha da Maconha em Goiânia. A concentração ocorreu na Praça Universitária, no Setor Universitário, e o percurso se estendeu pelas ruas da região central da capital até o Beco da Codorna, no Centro.
O lema deste ano para a Marcha da Maconha é “Para apoiar, não precisa usar”. Esse lema reflete a essência do debate promovido pelo movimento, que luta pela liberação do uso medicinal da maconha e também pelo fim da Guerra às Drogas.
Kelly Cristina Gonçalves, advogada e coordenadora do Mente Sativa, ressalta que a Guerra às Drogas é responsável não apenas pela dificuldade de acesso das pessoas que necessitam da planta para uso medicinal, mas também pelo encarceramento em massa no país, principalmente de indivíduos negros e de baixa renda.
“Evidenciamos prisões superlotadas no país, onde a maior parte do excesso de população carcerária provém de detenções por porte de pequenas quantidades de drogas. A Guerra às Drogas é uma política falida, na qual o Estado gasta vultosas somas de dinheiro, sem, no entanto, abordar a questão central do problema”, afirma.
Além da Marcha da Maconha, o grupo também promove eventos culturais e debates.