
O Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (INGOH) foi absolvido pela Justiça de Goiás após seis anos de processo envolvendo a polêmica Operação Metástase. Em decisão unânime da Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), ocorrida nesta terça-feira (7), o INGOH foi declarado inocente devido à falta de provas que sustentassem as acusações de desvio de R$ 50 milhões do Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo).
A Operação Metástase, deflagrada em 2019, acusava o INGOH de irregularidades no contrato de prestação de serviços firmado com o Ipasgo. No entanto, a defesa demonstrou que as alegações eram infundadas e fruto de perseguições arquitetadas por concorrentes e agentes do mercado que tentavam consolidar um cartel no setor oncológico em Goiás.
O advogado de defesa, Leandro Silva, destacou a relevância da decisão para o setor de saúde e para a garantia de um mercado justo e transparente. “Essa vitória reforça a importância da livre concorrência, um pilar essencial para um sistema de saúde sustentável e ético. O INGOH sempre manteve seu compromisso com a qualidade no atendimento aos pacientes, mesmo sob pressão e acusações injustas”, afirmou Silva.
Segundo a defesa, a operação teria servido como uma estratégia para enfraquecer o INGOH, uma instituição reconhecida pela excelência nos serviços oncológicos e pela prática de preços justos. Durante o processo, o instituto se recusou a participar de um suposto cartel que buscava aumentar os preços e reduzir a qualidade dos serviços prestados no Estado.
A decisão marca o encerramento de um capítulo que, além de gerar danos à imagem do INGOH, também expôs os desafios de manter um ambiente de concorrência saudável no setor de saúde. Mesmo sob intensa exposição negativa, o instituto preservou sua reputação e reforçou seu compromisso com pacientes e familiares.
Em nota pública, o INGOH celebrou a decisão judicial como uma vitória da justiça e reafirmou sua confiança no sistema judiciário brasileiro. “Praticamos a livre concorrência e a qualidade nos serviços oncológicos. Fomos vítimas de acusações infundadas por rejeitar participar de um cartel. Agora, confiamos que as autoridades investigativas tomarão as medidas necessárias para combater práticas anticoncorrenciais que prejudicam o mercado e os pacientes.”