
Foi durante a ação do Defensoria Itinerante junto ao Goiás Social em Valparaíso de Goiás, no último dia 28 de junho, que Viviam (nome fictício)* buscou o atendimento na Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO) para conseguir uma medida protetiva contra seu ex-companheiro. A decisão favorável foi publicada no dia 30 de junho.
Viviam viveu um relacionamento de quase 10 anos com Vagner (nome fictício)*. No início, a relação era tranquila, mas com o tempo o cenário mudou e a violência começou a surgir. Antes da primeira agressão física, Viviam sofreu com violências psicológicas, morais e atitudes agressivas ainda no primeiro ano de relacionamento.
Foi em 2023 que Viviam decidiu terminar um relacionamento para colocar um fim no ciclo de violência. Porém, o ex-companheiro não aceitou o término e começou a persegui-la e ameaçá-la. Viviam solicitou medidas protetivas de urgência, mas todos os processos foram arquivados.
Diante disto, Viviam, que tem duas filhas com o ex, continuou sofrendo com perseguições e ameaças, além de tentativas de invasão de domicílio por parte de Vagner. Ela então recorreu à Defensoria durante o evento em Valparaíso e deu entrada no pedido das medidas protetivas de urgência novamente.
“O agressor é um risco à assistida que está vulnerável diante de toda a situação, sobretudo por tentar sair do ciclo da violência a fim de não ser mais uma vítima das estatísticas de feminicídio. Diante de tantos episódios, ela resolveu dar um basta nesta situação”, afirmou a defensora pública Ketlyn Chaves.
O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) acolheu o pedido da DPE-GO e concedeu medida protetiva a Viviam. Além disso, o juiz determinou que Vagner mantenha uma distância de no mínimo 200 metros da ex-companheira e que todo diálogo referente às duas filhas seja intermediado por uma terceira pessoa.
*Os nomes foram alterados para preservar suas identidades