
Goiânia amanheceu nesta sexta-feira, 7 de julho, imersa em um cenário que só pode ser descrito como um verdadeiro parto de descaso. As maternidades públicas municipais, pilares do atendimento à saúde das mães e bebês da capital, estão operando na corda bamba. O emblemático “Dito Gata Pariu”, apelido popular que denuncia o caos na gestão pública, voltou a dar as caras, desta vez estampado em letras garrafais na porta das instituições: as maternidades Célia Câmara e Dona Iris limitarão seus atendimentos a casos de emergência.
A polêmica gira em torno do atraso de seis meses nos repasses da Prefeitura de Goiânia para a FUNDAHC (Fundação de Apoio ao HC – Hospital das Clínicas), a Organização Social (OS) responsável pela gestão das maternidades. Sem dinheiro e com uma pressão crescente, o sistema entrou em colapso, com falta de recursos para manter desde os funcionários até suprimentos básicos, como medicamentos e insumos para partos.
Em tradução nua e crua, para mães gestantes que não apresentam um quadro de emergência, resta rezar para não entrar em trabalho de parto agora, porque o atendimento não vai acontecer.