Política

Presidente da OAB/GO não confia nos próprios advogados

Lúcio Flávio pede para confiscar celulares, intimida  membros  das Comissões e presidentes de Subseções.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás, Lúcio Flávio de Paiva, implantou um clima, ao menos diferente do que foi proposto no período das eleições. É o que afirma membros do Conselho Seccional.
 
Segundo Danúbio Cardoso e Waldemir Malaquias, o presidente Lúcio Flávio tem exigido que presidentes de Subseções depositem seus celulares  fora da sala da presidência antes de adentrarem nas reuniões com a diretoria da entidade. O fato ocorreu com a reunião ocorrida entre os presidentes das Subseções de Aparecida de Goiânia, Francisco Sena, de Anápolis, Ronivam Júnior,  Thaís Inácia de Castro de São Luis dos Montes Belos, Gay Elder de Itapuranga, Marcia de Palmeiras, Ana Karla Matias de Andrade de Jaraguá, e José Roberto Ferreira Camposde Catalão.
 
Francisco Sena, presidente da Subseção de Aparecida de Goiânia, disse que se sentiu constrangido, e afirmou que não deixou a reunião para não prejudicar os advogados que ele representa. “O presidente da Ordem gerou uma situação de suspeita nos advogados, criando uma situação em que todo advogado tem presunção de culpa”, afirmou.
 
Para o Conselheiro Waldemir Malaquias, o ato configura desconfiança, divisão e desrespeito com as subseções. “Não basta tirar a autonomia financeira e não cumprir com os investimentos aprovados no Colégio de Presidentes, Lúcio Flávio exige que os advogados, e não estamos falando de desconhecidos, mas de líderes, tirem seus celulares antes de entrar na sala da presidência da Casa dos Advogados. Afinal, o que ele tem a falar que a classe não pode saber?”
Para dirigentes, a atitude do presidente faz parte de sua prerrogativa administrativa.
 
Mais Retaliações
Depois de ter encaminhado destituições a presidentes de Comissões via Motoboy, a diretoria da OAB agora encaminhou aos membros das Comissões o Ofício Circular 009/2017-GP em que Recomenda que todos membros de Comissões não podem atuar como partes ou representantes de processos da OAB. A medida foi fundamentada sob a égide do artigo 33 do Código de Ética e Disciplina, e trouxe a recomendação em que aponta que “o não cumprimento poderá caracterizar processo ético-disciplinar”.
 
Para o advogado Diogo Mota, ex-apoiador de Lúcio Flávio, a interpretação é extensiva e absurda, visto que meros membros de Comissões não integram os quadros da Ordem e passam a ter suas funções judicantes prejudicadas.
 
Segundo o Conselheiro Danúbio Cardoso, trata-se de mais uma medida de austeridade com o objetivo de definir e segregar a hegemonia do grupo que administra a Ordem.
 
Nas redes sociais, a crítica se estendeu. Membros das mais variadas Comissões perguntaram ao presidente: “Qual a intenção mesmo?”

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