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Crise nas maternidades de Goiânia, atendimentos eletivos suspensos por falta de repasses municipais

Três maternidades públicas em Goiânia enfrentam uma grave crise devido à falta de repasses financeiros por parte da prefeitura. A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela gestão das unidades, anunciou a suspensão dos atendimentos eletivos, restringindo-se apenas a casos de emergência e urgência, devido à escassez de insumos

A Fundahc, responsável pela administração do Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI), Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC) e Maternidade Nascer Cidadão (MNC), informou que as três maternidades estão operando com uma dívida acumulada de cerca de R$ 43 milhões devido aos atrasos nos repasses, que já perduram por três meses.

De acordo com a diretora-executiva da Fundahc, Lucilene Sousa, a situação é crítica, afetando o pagamento dos colaboradores, aquisição de insumos e pagamento aos fornecedores. “Não temos condições de manter o funcionamento sem o recurso financeiro necessário para adquirir insumos e pagar fornecedores. Somente quando o repasse for efetuado, teremos condições de voltar à normalidade”, ressalta Lucilene Sousa.

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, em nota, admitiu que os recursos necessários para o custeio das maternidades não têm sido repassados pelo governo federal e estadual desde o término da pandemia, deixando a responsabilidade financeira integral para o Tesouro Municipal.

A falta de insumos básicos é evidente, impactando a qualidade dos atendimentos nas unidades hospitalares. Itens essenciais como luvas, fios para sutura e medicamentos para indução de partos estão em falta, o que prejudica a assistência e a segurança dos pacientes.

Diante dessa situação, foram suspensos todos os atendimentos pré-agendados, incluindo consultas, exames e cirurgias programadas, como correção de mamas e laqueaduras.

Pacientes que não foram informados da paralisação compareceram às maternidades apenas para serem surpreendidos pela falta de atendimento. Alguns enfrentaram longas jornadas de deslocamento, gastando dinheiro em hospedagem e transporte, apenas para descobrir que não poderiam ser atendidos devido à situação crítica das maternidades.

A Fundahc afirma que tem feito contato com os pacientes para informar sobre a suspensão dos serviços não emergenciais e eletivos agendados, disponibilizando números de telefone para esclarecimentos.

A prefeitura de Goiânia, por meio de uma comissão, está avaliando a proposta de reajuste nos valores dos repasses e planos de trabalho das maternidades. A administração ressalta que o diálogo com a Fundahc está em curso e não foi interrompido, buscando soluções para retomar a normalidade o mais breve possível.

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