Sociedade

Polícia Civil e Instituto de Criminalística apresentam mais detalhes sobre atentado a bomba contra advogado

A Polícia Civil apresentou ontem  (29/12), detalhes sobre a investigação que levou à prisão dos irmãos Valdinho e Ovídio Chaveiro, suspeitos do atentado contra o advogado Walmir da Cunha, de 37 anos. O crime ocorreu no dia 15 de julho deste ano, quando o advogado recebeu uma encomenda em seu escritório no Setor Marista, que se tratava de um artefato que acabou explodindo quando ele percebeu se tratar de uma bomba. Ele sofreu lesões na mão esquerda e no tórax.

A apresentação também foi acompanhada superintendente executivo da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), coronel Edson Costa, pelo comandante de policiamento da Capital, coronel Divino Alves e o delegado geral da Polícia Civil, Álvaro Cássio dos Santos, superintendente de Polícia Técnico-Científica de Goiás, Rejane Barcelos, superintendente da Polícia Judiciária, Alécio Moreira, do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás (OAB Goiás), Lúcio Flávio Paiva, dr. Erlon Fernandes, presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas da OAB/GO, e do deputado federal João Campos.

Ameaças

O titular da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (Deic), Valdemir Branco, afirmou não restar dúvidas sobre a participação dos irmãos no crime, enfatizando o trabalho minucioso de investigação dos agentes da Polícia Civil e da atuação do Instituto de Criminalística, que foi determinante para o reconhecimento de Ovídio Chaveiro como o responsável pelo envio do artefato explosivo ao escritório do advogado.

Ao analisar as imagens do sistema de videomonitoramento, agentes polícia técnico-científica o perceberam que o suspeito usava uma tala imobilizadora no braço direito, e ao investigar fotos em seu Facebook, encontraram uma foto em que Ovídio também utilizava uma tala igual à encontrada no vídeo.

O delegado também revelou que Valdinho, no mesmo dia, chegou a fazer uma ameaças por telefone a Walmir, e que dias antes, teria se encontrado com uma estagiária do escritório em uma repartição pública, e fez a seguinte ameaça: “Todos que participaram daquela ação vão pagar pelo que fizeram à minha família!”

As investigações da Polícia Civil ainda descartaram a possibilidade de participação do motoboy que entregou a encomenda, já que ele não sabia do conteúdo da encomenda que foi entregue ao advogado.

As investigações estão em fase final e após a conclusão do inquérito a polícia irá apresentar a motivação do crime e deve colocar os suspeitos à disposição da Justiça. “Deixo claro o apoio que recebemos da Polícia Federal e do Instituo de Criminalística no andamento deste caso, e posteriormente, a Polícia Civil dará mais detalhes sobre a conclusão das investigações”, disse o delegado Valdemir Branco.

Respeito às instituições

O coronel Edson Costa enfatizou a atuação da Polícia Civil, que teve uma postura estritamente profissional em respeito Polícia Federal como instituição. “Quero ressaltar a ação profissional, criteriosa e embasada em condições técnicas da Polícia Civil, que agiu de acordo com a lei e sem exposição dos suspeitos, agindo de forma contida e respeitosa”.

Ele também comemorou a liberação de R$ 76,4 milhões do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), para investimentos em construção de novos presídios, modernização e integração do sistema de radiocomunicação da polícia, e também para investimentos nas áreas de inteligência da SSPAP.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás, Lúcio Flávio Paiva, também afirmou que os ataques aos membros da OAB representam um ataque à Justiça, à cidadania e ao respeito aos cidadãos, e disse que “a Ordem será implacável contra quem atacar a instituição”. Em seguida, prestou homenagem em reconhecimento ao esforço das forças policiais para a solução do caso. “Esperamos que esse crime tenha a devida punição. Parabéns à Polícia Civil pelo excelente trabalho realizado”, afirmou.

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