Sociedade

Índice de Preços ao Consumidor registra desaceleração

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de Goiânia, referente ao mês de maio, registrou desaceleração em relação a abril (0,49%) e fechou em 0,28%. A taxa é a menor do ano e também do mês de maio, desde 2006. Apesar do recuo no índice, o acumulado nos último cinco meses já chega a 4,18% e nos últimos doze meses a 10,89%, de acordo com dados do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).

A queda dos preços dos combustíveis (gasolina -2,27%, etanol -6,80% e diesel -0,32%), além de alguns alimentos básicos como carnes (frango -4,28%, alcatra -7,08%, pernil -3,22%), açúcar -5,26% e óleo de soja -3,50%. A campanha promocional realizado por uma operadora de serviços em Goiânia contribuiu para que a média dos custos dos planos de serviços de telefonia celular pós-pago ficasse 24,19% a menor. Também foi observado recuo nos custos de cursos de informática (-11,04%) e de ginástica (-5,85%), ajudando a segurar o índice da inflação, no mês passado.

Contudo, o gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais da Segplan, economista Marcelo Eurico de Sousa, acredita que a redução de preços de alguns produtos, no mês passado, foi mais em função de promoções de empresas para segurar as vendas, já que o consumidor está muito precavido. Ele observa que, já nos primeiros dias deste mês, o Índice de Preços ao Consumidor já esta, novamente, pressionado pelas altas dos alimentos e vestuário.

Pressão
Em maio, o grupo vestuário teve aumento de 3,04%, exercendo forte pressão sobre a inflação, contribuindo com mais da metade da formação do índice do mês, que ficou em 0,28%. Destaque para roupas de roupas de mulher (5,20%), roupas de homem (2,71%) e roupas de criança (2,32%), além de calçados (2,31%) e acessórios (3,23%).

Os grupos de habitação (0,49%), alimentação (0,25%), despesas pessoais (1,12%) e saúde e cuidados pessoais (0,54%) também contribuíram de forma a manter positivo o IPC. Destacam-se nestes grupos os itens: aluguel residencial (0,69%), feijão carioca (11,40%), corte de cabelo feminino (4,09%), e medicamentos (0,76%).

Na alimentação, os produtos que mais influenciaram o grupo foram: feijão carioca (11,40%), feijão preto (5,81%); leite LV (3,36%), iogurte (5,59%), leite em pó (4,17%), creme de leite (3,17%), queijo mussarela (2,33%); cebola (14,43%), batata inglesa (12,48%), tomate (7,65%), alho (4,53%); carne bovina: paleta (8,04%), conta filé (4,70%), costela (4,03%); laranja pera (23,08%), maçã (3,06%); fubá de milho (7,88%); apresuntado (3,07%); cerveja (3,13%) e café moído (1,05%). Também tiveram reajustes os refrigerantes 290ml (-1,53%) e o picolé de fruta (0,73%), na alimentação fora de domicílio.

Dos 205 produtos/serviços pesquisados mensalmente, 117 apresentaram elevação, 31 ficaram estáveis e 57 tiveram variação negativa, de acordo com as estatísticas do IMB/Segplan.

Cesta básica
E maio, os preços dos alimentos também pressionaram a alta do custo da cesta básica para o goianiense. Ela subiu 1,25% em relação a abril. Para comprar os 12 itens da cesta foi necessário desembolsar R$ 345,40, ou 39,25% do valor do salário mínimo vigente no País (R$ 880,00).

O feijão foi o campeão de aumento na cesta básica de maio, com 9,32%, seguido do leite (3,36%) e de legumes e tubérculos (1,99%). Farinhas/massas subiram 1,94%, além do café 1,05% e da margarina (0,76%). Ficaram estáveis o pão e as frutas. Tiveram reduções de preços as carnes (-0,25%), o arroz (-2,35%), o açúcar (-5,26%) e o óleo de soja (3,50%).

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