
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia decidiu, na manhã desta quarta-feira (2), retirar do Conselho Municipal de Saúde a proposta que propunha cortes de até 30 % nos valores pagos por plantões médicos em UPAs, UBSs e no Samu.
O anúncio foi feito pelo assessor técnico da pasta, Marcus Vinicius Álvares Magalhães, que admitiu que a medida foi apresentada de forma “prematura” e sem ampla consulta com entidades representativas da classe médica, como Cremego e Simego
📊 Críticas e formato da proposta
O plano previa uma redução significativa na remuneração dos plantões — variando de R$ 625 por 6 horas durante a semana até R$ 2 000 por 12 horas nos fins de semana, conforme a especialidade médica
Representantes dos médicos protestaram veementemente durante a reunião do CMS, criticando não apenas o corte em si, mas também a falta de diálogo prévio. O secretário reconheceu que a proposta não foi discutida com as entidades, o que contribuiu para a reação negativa .
🤝 Reestruturação com participação
Magalhães garantiu que a pasta de Saúde vai reformular a proposta, desta vez com participação ativa das entidades médicas e discussões coletivas antes de reapresentá-la. Ele afirmou que a gestão preza pela “discussão e consenso”, e não por medidas impostas unilateralmente
Os médicos, por sua vez, chegaram a anunciar que recorreriam ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), alegando que a redução violaria direitos adquiridos e impactaria a qualidade dos serviços.
📌 O que muda agora
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Plantões apresentados pela prefeitura foram suspensos, e os valores originais permanecem em vigor.
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Nova proposta será elaborada em conjunto com entidades representativas e possivelmente revisada para evitar cortes profundos.
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Próxima discussão deverá ocorrer com mais transparência e participação.