
A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (16/07/2024) a OPERAÇÃO PAPER LAND, que visa coibir a prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção. Estão sendo cumpridos 18 mandados em 13 endereços nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Acreúna e Rio Verde.
A investigação apurou que um grupo formado por empresários, advogados e funcionários de instituição financeira fraudavam a obtenção de financiamentos agropecuários através do uso de
documentos falsos e corrupção de profissionais credenciados junto à Caixa Econômica Federal – CEF. A instituição financeira teve um prejuízo que ultrapassa R$ 40 milhões, somente no
período de 2022 e 2023. “A organização criminosa trabalhou especificamente com uma agência da Caixa Econômica Federal, até porque a gerente dessa instituição ela estava envolvida e facilitava o cometimento das fraudes. As fraudes eram basicamente cometidas com a falsificação de documentos relativos a imoveis rurais, desde falsificação grosseira, até fraude mais sofisticadas. Foi constatado de um profissional credenciado a Caixa e que avaliava os imóveis, que constatamos que avaliou imoveis que nem existiam ou superfaturamento de até 700%”, explicou o delegado de Polícia Federal Vitor Bueno Cardoso.
Foi determinado o bloqueio de contas bancárias utilizadas pelos investigados e o sequestro de ao menos 48 (quarenta e oito) imóveis e 44 (quarenta e quatro) veículos de propriedade do
grupo criminoso, além da constrição de criptoativos.
O nome da operação faz alusão a imóveis rurais cuja existência era apenas documental (“no papel”) e que foram dados em garantia hipotecária nas operações financeiras fraudadas. A soma das penas dos crimes praticados pode ultrapassar 42 (quarenta e dois) anos de reclusão para alguns dos investigados.