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Cargo Público: o sonho de todo concurseiro

Cada dia mais é comum ouvir que as pessoas que fazem parte da chamada Geração Y ou Millennials – aquelas nascidas entre 1980 e 2000 –  são mimadas, indisciplinadas, viciadas em suas redes sociais e incapazes de assumir responsabilidades ou de sacrificar parte de suas vidas por um objetivo maior, ainda mais se esse objetivo estiver relacionado com carreira e sucesso profissional.

Se é verdade ou não, as pesquisas psicológicas e sociológicas um dia darão as respostas, mas o fato é que grande parte dos Millennials brasileiros querem o mesmo que seus pais queriam na idade deles, um emprego estável, que remunere bem e que os proteja dos vendavais da instabilidade econômica brasileira.

E é no funcionalismo público que os mais talentosos e dedicados apostam suas fichas. Isso acontece pela quantidade e pela qualidade dos cargos oferecidos. Trabalhar para o Estado tornou-se a opção preferencial de um enorme contingente de jovens recém-saídos do ensino superior e até de profissionais sem maiores chances de ascensão no setor privado.

Foi o caso do goiano Victor Hugo Pereira, de 25 anos. Desde os 17 anos ele atuava no setor privado, primeiro como funcionário e depois como empresário. Cansado das perdas injustas que sofria na Justiça do Trabalho, ele, que havia se formado em Administração de Empresas, resolveu trocar de profissão: “Já sabendo de todas as dificuldades e instabilidades do setor privado, aliadas à afinidade que tive com o Direito, decidi iniciar uma preparação planejada e com metas audaciosas, desde o princípio do meu novo curso, já visando a estabilidade financeira que o setor público pode me proporcionar”.

Dessa maneira, o administrador e estudante de Direito estuda de segunda a sábado 12 horas por dia e já começou a colher os frutos de seu esforço.“Na metade da faculdade e com apenas 2 anos de graduação, eu já havia logrado êxito no exame da OAB e conseguido avançar em algumas fases de concursos para Procuradoria Estadual. Formar em 3,5 anos também é algo factível e só conseguirei devido aos estudos extraclasse”, relatou animado. Quando perguntado se achava que valeria a pena todo sacrifício ele foi taxativo: “Se vale a pena? Muito. Empresas quebram, o dinheiro acaba, comércios fecham e o mundo é bem inconstante”.

 

 

Victor Hugo,  12 horas por dia de estudos  (foto: arquivo pessoal)

Conselho de mãe

A carioca Patrícia Gonçalves, 34, cresceu com a mãe sendo servidora pública e desde cedo sempre achou que esse seria o seu caminho. Aos 24 anos, antes mesmo de ter seu diploma de curso superior, Patrícia virou funcionária do Banco Brasil, seu primeiro emprego e que está até hoje. O trabalho lhe deu oportunidade de morar no interior do Brasil: “[Por causa do concurso] pude conhecer outra cultura e um lado do país que eu não conheceria se não tivesse essa oportunidade. Costumo dizer que o brasileiro das capitais não faz ideia do que é o Brasil no interior. Quem é de capital costuma ter uma mentalidade muito preconceituosa com o interior. Conhecer o interior do Brasil foi uma experiência maravilhosa.”, descreve sua experiência de ter morado dois anos no Mato Grosso.

De volta ao Rio, agora já graduada, ela não pretende deixar o funcionalismo, e um dos principais motivos é a famosa e desejada “estabilidade”: “É a principal questão mesmo. E fora isso, vejo muitos amigos na iniciativa privada que trabalham doze, treze horas por dia sem hora extra caindo na conta, que vão trabalhar com problemas sérios de saúde. Fazem isso por medo do desemprego. É um tipo de vida que não quero pra mim e que não desejo a ninguém”.

vejo muitos amigos na iniciativa privada que trabalham doze, treze horas por dia sem hora extra caindo na conta, que vão trabalhar com problemas sérios de saúde” – Patrícia Gonçalves, funcionária do Banco do Brasil.

Vocação e sonho realizado

Quando entrou na faculdade de Direito, aos 18 anos, a Procuradora do Trabalho Fernanda Pereira, 31, queria ser juíza. Ela se via como uma pessoa tímida e introspectiva demais para lidar com a advocacia privada. Preferia algo mais ligado à atividade intelectual, então percebeu que o funcionalismo público seria o seu caminho. “Eu já havia decidido, desde o início da faculdade, que seria servidora pública, mas a escolha pelo Ministério Público do Trabalho ocorreu bem depois.”, alega. “Quando já contava com aproximadamente dois anos de formada, tive a oportunidade de conhecer a atuação do Ministério Público do Trabalho, e a partir daí a escolha pela carreira foi cem por cento por vocação”.

Até chegar ao cargo do seu sonho Fernanda percorreu um longo caminho sem nunca pensar em desistir: “logo que me formei fui aprovada num concurso para o cargo de Procuradora do Município de Uberlândia. Enquanto não era nomeada, cheguei a fazer dois concursos para analista, da Justiça Federal e do Ministério Público da União. Fui aprovada para o concurso de analista da Justiça Federal, mas em uma colocação bem ruim, jamais seria nomeada”.

“Após tomar posse como Procuradora do Município, passei a focar no concurso de Procuradora do Trabalho. Fiz o concurso de procuradora três vezes e também cheguei a fazer cinco concursos para a Magistratura do Trabalho.” Sempre trabalhando e estudando ao mesmo tempo, após quatro anos, no final do ano de 2016, Fernanda foi aprovada para o cargo que tanto queria: Procuradora do Trabalho.

Hoje, morando no Norte do País, há mais de 2.500 quilómetros de casa, a jovem procuradora tem a mesma opinião que a bancária Patrícia: “se não fosse pelo MPT, jamais teria as experiências que tenho tido no norte do país. Morar aqui me fez abrir mais a mente e conhecer mais um pouquinho do nosso Brasil”.

 

 

 

A Procuradora do Trabalho Fernanda Pereira se achava tímida para advocacia (foto: arquivo pessoal)

A distância que ajuda

 Quem escolhe o funcionalismo público como carreira muitas vezes têm que aprender a lidar com a distância da família e dos amigos. Thaís Monteiro, 31, tenta transformar esse ônus em um bônus. Juíza de Direito Substituta no interior de Goiás ela acredita que na profissão “há um necessário isolamento, para que o juiz possa sempre cumprir sua missão de imparcialidade e equidistância. Logo, mais do que nunca, a família se torna uma rede de apoio indispensável, muito embora geograficamente distante”.

Para ela o maior motivo para ter escolhido ser uma servidora pública e não uma pessoa da iniciativa privada foi porque “sempre quis exercer uma função de interesse público imediato, que não fosse influenciável pela competitividade do mercado, mas por valores outros, mais profundos e sólidos. Sempre me senti vocacionada a desempenhar um papel capaz de ensejar transformações sociais de modo contundente”.

Dessa maneira, ter apenas o Estado como patrão lhe proporciona algo que a iniciativa privada jamais permitiria amplamente: agir apenas com suas convicções. “A minha profissão, em particular, me permite ter independência funcional, de modo que, em regra, posso seguir minhas convicções e entendimentos sempre, claro, em compatibilidade com os princípios jurídicos e demais preceitos normativos”.

A distância ajuda a Juíza Thaís a tomar boas decisões (foto: arquivo pessoal)

 

sempre quis exercer uma função de interesse público imediato, que não fosse influenciável pela competitividade do mercado, mas por valores outros, mais profundos e sólidos” Thaís Monteiro, Juíza de Direito Substituta

 

Da docência para a alta burocracia

 O mineiro Thiago Tavares, 30, se graduou em Ciências Sociais em 2008 e decidiu seguir a carreira acadêmica. Depois de terminar um mestrado e passar no concurso para professor substituto na Universidade Federal de Uberlândia, ele percebeu que a docência não era o caminho que queria para sua vida.

“Embora eu tenha amado a experiência docente, eu percebi que havia, do ponto de vista profissional, outro caminho: o dos concursos públicos da alta burocracia do Poder Executivo Federal.”

Em virtude de sua impaciência e diante de um eventual Doutorado de quatro anos, ele começou a pesquisar os cargos públicos mais próximos de sua área de atuação. “Sinceramente, o mundo dos concursos é um mundo com regras próprias”, afirma.

De 2013 a 2016, ele foi aprovado em cinco concursos; de 2014 a 2016, foi servidor da AGU, em Brasília. E, atualmente, é Analista de Planejamento e Orçamento na Secretaria de Orçamento Federal (SOF) no Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.

Para Thiago “há no senso comum a percepção de que o servidor público, quando comparado com os trabalhadores da iniciativa privada, não produz e onera o Erário Público. Mas, embora a minha visão seja enviesada do ponto de vista de um burocrata do alto escalão essa percepção é parcialmente equivocada”, advoga.

Segundo ele, essa impressão existe “porque o funcionalismo público não é homogêneo. Há servidores competentes e altamente qualificados, assim como há na iniciativa privada. Por outro lado, há servidores incompetentes e acomodados. Talvez a diferença, negativa a depender dos casos, está no fato de que, na burocracia pública, não há instrumentos sólidos para a avaliação de competência. Há instrumentos meramente formais”.

 

Thiago Tavares trocou a docência pela alta burocracia (foto: arquivo pessoal)

Um patrão bondoso

Os postulantes a cargos públicos são seduzidos por privilégios impensáveis na livre iniciativa– a estabilidade no emprego é a mais desejada. Entre 2003 e 2013, o número de servidores públicos no governo federal subiu 28%, de 456 mil servidores para quase 600 mil.  Já a rotatividade dos funcionários nas empresas privadas é, por definição, cada vez maior em razão das exigências conjunturais por aumento da eficiência, produtividade e dos cortes de custos.

O servidor do Estado quase nunca é demitido. A Constituição de 1988 determina que todos os servidores públicos tenham estabilidade plena, beirando à vitaliciedade. Podem ser afastados apenas em casos graves, como insubordinação e abandono de emprego. Estima-se que menos de 1% dos servidores públicos brasileiros perca o cargo a cada ano.

Outro atrativo é a discrepância entre os salários do setor público e os salários oferecidos pela iniciativa privada

De acordo com a Pnad Contínua, do IBGE, o rendimento médio mensal dos brasileiros que trabalham no setor público (União, estados e municípios) chegou a R$ 3.309 no trimestre encerrado em janeiro deste ano, 68% acima do ganho dos empregados com carteira assinada da iniciativa privada (R$ 1.965). Essa é a maior diferença de toda a série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012.

A disparidade está relacionada ao impacto da crise e da inflação sobre o setor privado. Com receitas menores por causa da recessão que assola o país desde 2014, muitas empresas não repassaram aos salários dos funcionários toda a inflação acumulada – que chegou a passar de 10% ao ano entre o fim de 2015 e o início de 2016. Ao mesmo tempo, as demissões de funcionários com mais tempo de casa ajudaram a puxar para baixo a remuneração média.

Para o Doutor em Economia, Adriano Paranaíba, é aí que aparece a grande procura pelo cargo estatal: “As pessoas, como agentes econômicos, respondem às informações dispersas e disponíveis no mercado. Uma importante informação é preço. Salários maiores atraem pessoas para ingressar naquela carreira: no passado tínhamos engenharia, medicina e agora, funcionalismo público”, argumenta o economista.

De acordo com Adriano essa Cultura do Funcionalismo Público tem uma função deletéria na Economia do País: “As pessoas estão ingressando na carreira pública para conquistas salariais cada vez maiores, e tudo virou direito adquirido. Produtividade é uma palavra demonizada pelos sindicatos, que a cada ano exige do governo aumentos salariais maiores que o que temos na iniciativa privada”. Para ele, a única saída seria a de “que pessoas que acreditam em um estado mínimo em eficiência no serviço público precisam urgentemente prestar concurso público. O Estado brasileiro é tão grande que somente uma mudança de dentro para fora poderá mudar alguma coisa”, reflete.

No passado tínhamos engenharia, medicina, e agora, funcionalismo público”, Adriano Paranaíba, Doutor em Economia pela Universidade de Brasília

Nem todos amam o Estado

É comum em época de recessão econômica que pessoas que não fazem parte do estamento burocrático comecem a se questionar se é mesmo necessário tanto privilégio para quem não produz riqueza. No final da década de 1980, Fernando Collor de Melo foi eleito presidente do Brasil com a promessa de acabar com os “marajás”, que, segundo ele, eram os funcionários públicos, parasitários, que apenas viviam dos impostos dos cidadãos e nada ajudavam.

Novamente, em tempos de crise econômica, o funcionalismo público passa a ser alvo da sociedade, que trabalha cinco meses por ano, apenas para pagar impostos.

É por isso que o projeto de lei do Senado 116/2017, que entrou em tramitação em maio é o novo queridinho dos brasileiros. De autoria da senadora Maria do Carmo Alves (DEM-SE), o PLS objetiva a demissão de servidores públicos que tenham seu desempenho avaliado negativamente, acabando, assim, com a estabilidade desses profissionais. Para organizações sindicais a medida estaria sintonizada com as tentativas recentes de deterioração do serviço público, com vistas ao fortalecimento da ideia de Estado mínimo. Para os pagadores de impostos seria apenas uma distorção de injustiças que ajudam a manter a desigualdade social no País.

Um dos que esperam que esse projeto vire lei e com efetividade é o publicitário carioca Marcus Vinícius Motta, 44 anos.  Mesmo sendo neto de um Promotor de Justiça ele nunca cogitou a possibilidade de ingressar no funcionalismo público e sempre preferiu a iniciativa privada: “O funcionalismo público é uma das chagas da desigualdade que afrontam esse país e isso precisa mudar“.

Para o publicitário é uma questão de política nacional: “A transformação do Brasil em um país menos patife passa pelo fim da estabilidade do funcionalismo público. Não é compatível com a decência”.

Segundo ele “O cara muitas vezes pensa que estudar para uma prova na vida e depois nunca mais fazer nada é mérito”.

Assim sendo, se esse tipo de lei for aprovado, muita coisa irá mudar para melhor no Brasil: “Quero ver quem vai fazer concurso sabendo que acabou essa história de paletó na cadeira, greve remunerada e viver como se estivesse de férias, com a garantia de que não importa o serviço que preste – bom ou ruim – o seu salário pago pelos outros estará na conta no fim do mês.”

A transformação do Brasil em um país menos patife passa pelo fim da estabilidade do funcionalismo público. Não é compatível com a decência”. Marcus Vinícius Motta, publicitário.

A Juíza Thaís Monteiro acha que essa ofensiva ao funcionalismo público é apenas “uma fase”. “Um momento difícil e impensadamente vivido, mas com data para se findar. De fato, a importância crucial do funcionalismo público, com certeza, despontará sobre as acusações e apontamentos irrazoáveis, precipitados e desinformados direcionados contra as funções públicas e quem, com tanta dedicação e sacrifício, as exerce.”

Já a bancária Patrícia também percebe como uma questão de momento: “De tempos em tempos isso acontece. O Collor ganhou com esse discurso. Acho que há pontos profundos para serem analisados nessa questão, mas sempre penso que esse assunto do funcionalismo é usado como distração para desviar de assuntos urgentes, como por exemplo, o Congresso Nacional com gastos exacerbados e pautas de votações que quase sempre evolvem os interesses de grandes empresários”.

De acordo com Thiago, a despeito das atuais críticas em torno do instituto da estabilidade dos servidores públicos, ela é um importante instrumento de segurança jurídica, evitando retaliações políticas: “Na ausência da estabilidade, eu poderia produzir uma nota técnica contrária aos interesses do governo vigente e, por esse motivo, ser demitido de forma arbitrária”.

Para Fernanda se há desigualdades é preciso nivelá-las para cima e não o contrário: “Infelizmente, há a atual tendência de retorno ao período de desvalorização do funcionalismo público. Muito se fala sobre os “altos salários” e “regalias” de quem ocupa um cargo público, comparando-se a remuneração com a da iniciativa privada. O problema é que se está nivelando por baixo. O correto seria valorizar todas as formas de trabalho, e não desvalorizar essa ou aquela carreira para fins de equacionar”.

A desvalorização das carreiras públicas e a ausência de concurso público acaba por gerar uma piora na prestação de serviços públicos, o que prejudica a população como um todo”. Fernanda Pereira, Procuradora do Trabalho.

 

As vozes de quem faz parte da máquina estatal são uníssonas: o Estado precisa de seu funcionalismo para atender à população e é como bambu: enverga, mas não quebra. Daqui a algum tempo, haverá nova valorização do serviço público, e quem quer ter uma chance não pode ficar parado esperando a maré virar, tem mesmo de se preparar.

Um mercado que vai além

Mesmo com tantas críticas ao funcionalismo público e com o projeto de lei que pode acabar com a estabilidade em pleno trâmite, o mercado de cursinhos preparatórios parece não se arrefecer.

A verdade é que há uma bilionária indústria que surgiu da esperança de milhões de famílias de botar seus filhos nas potenciais vagas existentes. Não há como precisar o volume de recursos consumido em cursos, aulas, materiais didáticos e inscrições. Ou mesmo o número de pessoas que estão neste momento estudando para passar em algum concurso. Eles já têm sua própria denominação e atendem pelo nome de concurseiros. Mas profissionais do setor estimam que perto de 13 milhões de brasileiros se preparam atualmente para ingressar no serviço público. O mercado das empresas que investem na capacitação de candidatos movimenta pelo menos R$ 50 bilhões.

Mas às vezes, ter vagas e disposição para estudar, não bastam para ser feliz como servidor. É necessário conhecer o seu perfil, saber como o profissional atua, se está disposto ou não a deslocar para outra cidade. Para a professora de Direito Constitucional de cursinhos preparatórios de Goiânia e Brasília, Larissa Castro, existem dois tipos de concurseiros: “tem aquele candidato, que desde a faculdade já se prepara para o concurso público, então ele já estuda por obras voltadas para concursos, já procura materiais específicos das Bancas e são esses que são aprovados mais rápidos; e têm aqueles que saem do ensino superior sem saber o que quer, e só se decide depois, aí esse vai demorar um pouco mais para passar”.

Para professora, quem quer que queira passar em concurso tem de ter uma rotina séria de estudos e revisões: “a pessoa não pode se enganar e estudar só a matéria que gosta, por exemplo”. Para ela, quem tem formação em Direito os melhores cargos se encontram na Magistratura e no Ministério Público, mas o candidato tem de ter em mente que irá se mudar para cidades pequenas e distantes no início. Para os concurseiros em geral os melhores cargos se encontram no Poder Legislativo, sendo o cargo de Consultor Legislativo o melhor cargo quando se fala de remuneração e carga de trabalho.

Professora Larissa Castro adverte que o importante é estuda sem se enganar (foto: arquivo pessoal)

Esse mercado em ascensão impulsiona carreiras pouco conhecidas como a do coach (espécie de técnico, numa livre tradução do inglês) especializado em concursos públicos. O analista do Ministério do Planejamento Desenvolvimento e  Gestão, Thiago Tavares, também já atuou como um desses profissionais. Ele usava de sua estratégia vitoriosa para criar técnicas para orientar os candidatos, estabelecendo metas, motivando e despertando habilidades do candidato.

Mas, hoje em dia, além de servidor atua apenas como professor de cursos preparatórios em Brasília: “Embora eu já tenha sido coach, eu acredito que com uma boa pesquisa, você pode elaborar um bom planejamento, sem ter que pagar por isso. Há muito fanfarrão no mercado. Pesquise por dicas de aprovados. Eu mesmo já li ótimas entrevistas de aprovados”.

E vai além: “Se você começou a estudar agora, saiba que há excelentes concorrentes. Não há segredo. Não há fórmula mágica. Não é por acaso que os engenheiros e os militares são aprovados em grandes concursos. Eles sabem que o caminho do estudo é solitário, sofrido, mas recompensador.” Para ele, é importante que o candidato saiba que “não precisa ser formado em Direito. Você não precisa ter nascido em berço de ouro. Seu berço pode ter sido de bronze, mas se a sua mente é resiliente, você vai adiante.”

Para a professora Larissa Castro os candidatos não precisam se preocupar: “concursos são sazonais: há épocas que há mais, épocas que há menos, depende do tipo de Governo que está à frente do País. Mas a população só cresce, as pessoas se aposentam, morrem, esses boatos não podem servir de motivo para quem quer ser servidor desistir”.

Você não precisa ter nascido em berço de ouro. Seu berço pode ter sido de bronze, mas se a sua mente é resiliente, você vai adiante.”, Thiago Tavares, Analista do Ministério do Planejamento.

 

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