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Job Bento participa da Casa Design em Niterói

O artista visual Job Bento participa da edição 2017 da Casa Design, mostra de arquitetura e design de Niterói, no Rio de Janeiro. O trabalho dele pode ser conferido em intervenções no ambiente do renomado arquiteto Alexandre Magno, que assina o projeto do “Loft do Casal”, em homenagem a atriz Samantha Schmütz. O evento acontece até três de dezembro de 2017, e é considerado um dos mais importantes do País, e o mais representativo da cidade carioca.
A história começou durante a participação de Job no EARQ Rio, que aconteceu em setembro desse ano, quando os designers Paulo Moreira e Rodolpho Maciel do Estúdio Carioca Mobipallet, o convidaram para fazer uma intervenção ao vivo no móvel “Black Cube”. A grande receptividade ao produto pelo arquiteto Alexandre Magno, rendeu além da exposição da peça em coautoria com a Mobipallet, o convite para criação de mural exclusivo para compor o espaço idealizado por ele. “Participar de eventos como o EARQ e a ARTRio nos trazem essas surpresas. Estar na Casa Design e contribuir com o Alexandre me traz grande satisfação”, declara Job.
No “Loft do Casal’ o artista produziu um mural que é destaque no ambiente e interviu no espelho “Gio” da Ovoo Design, que pendurado em uma parede de vidro, ganhou também função de quadro. O trabalho foi realizado no início do mês de outubro quando Job passou três dias em Niterói contribuindo com os detalhes do ambiente assinado pelo arquiteto. “Idealizei uma interação entre as cores e formas aos materiais e a natureza tão presentes dentro e fora do espaço. O resultado foi uma simbiose harmônica entre todos os elementos que compõe o projeto, trazendo uma atmosfera e experiência única aos visitantes”.
Job contabiliza bons frutos dessas participações e antecipa que outros convites já foram feitos, inclusive um internacional ainda em fase de articulação. “Nessas idas e vindas, sempre tive a sorte de conhecer lugares e pessoas que agregam valor ao meu trabalho, e com o Alexandre não foi diferente”, detalha. Apesar do processo de criação ter suas semelhanças, o artista explica que no EARQ Rio a participação em formato ‘ao vivo’ trouxe uma conexão direta com o público, já na Mostra Casa Design o processo foi mais introspectivo. Ele aguarda com ansiedade o retorno dos visitantes. “Ambos remetem á experiência de pintar nas ruas ao ar livre, onde oscilam os momentos de socialização e calmaria”, pontua.
Sobre Job
O trabalho de Job tem fortes referências nos quadrinhos, arquitetura e natureza, compõe infinitas possibilidades de cores, traços, formas e aplicações. Uma arte abstrata e orgânica, pop e moderna, que agrada fácil até os menos entendedores de arte. Já deu contorno a murais, telas, personalização de produtos e intervenções artísticas urbanas com painéis pela cidade.
Nascido em Angra dos Reis, cresceu em Goiânia onde formou suas referências e concluiu o curso de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Estadual de Goiás – UEG. É autodidata em artes plásticas e tem a natureza como temática principal. Atualmente está focado em produções de telas e murais residenciais e corporativos.
Desde pequeno Job produz peças manuais, desde o artesanato mais simples, passando pela escultura em giz e pedra sabão, até as telas e murais atuais. Une grafismo, cartoons e tipografias desenhados de forma livre. “Acredito que tudo está conectado pela natureza e tento apresentar essa ligação entre matéria-prima, origem, uso e retorno, de forma fluida e subjetiva”.
O estímulo à leitura em paralelo a uma infância lúdica, com brincadeiras quase sempre distantes dos meios digitais, estimularam a imaginação de Job. Como resultado dessa criação, optou por seguir os estudos na área de arquitetura, profissão que oferece extenso campo de trabalho para quem tem inquietude criativa. Hoje, aos 32 anos, divide seu tempo no Brasil e no exterior. As temporadas no Estados Unidos, nos últimos dois anos, resultaram em trabalhos assinados em Massachussetts, nas cidades de Boston e Nantucket, e também pelos estados da Flórida e Nova Iorque”. “A imersão cultural deve fazer parte da vida. Por menor que seja a escala da experiência, todas têm o seu valor e geram referências e aprendizado. As viagens são o ápice da renovação criativa, e sempre nos fazem perceber e entender o mundo de uma forma diferente”