Na Rede Hemo do Governo de Goiás, pessoas com hemofilia A e B encontram o único atendimento via SUS no estado, realizado por equipe multidisciplinar e com distribuição gratuita de medicamentos
Celebrado todo 4 de janeiro, o Dia do Hemofílico chama a atenção de autoridades em Saúde e da população para a doença caracterizada pela deficiência de uma proteína da coagulação sanguínea. A Rede Estadual de Hemocentros (Rede Hemo) do Governo de Goiás é a única que realiza atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e distribui os medicamentos comprados pelo Ministério da Saúde para tratamento da hemofilia.
Atualmente, 646 pacientes que possuem hemofilia A e B são atendidos por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, psicólogo, nutricionista, fisioterapeutas, farmacêuticos e assistentes sociais. O Hemocentro Coordenador recebe em média 3 mil frascos de medicamentos de fatores de coagulação por mês, com custo médio mensal de R$ 2,8 milhões, para distribuição via Secretaria de Saúde do Estado.
A hemofilia é um distúrbio hemorrágico genético e hereditário ligado ao cromossomo X, que afeta principalmente pessoas do sexo masculino e é caracterizado pela deficiência de uma proteína da coagulação sanguínea. O Hemocentro Coordenador em Goiânia é referência no Estado de Goiás para o tratamento de pacientes diagnosticados com coagulopatias, incluindo a hemofilia. O Hemocentro Regional de Rio Verde também dispõe de um serviço ambulatorial para o tratamento da doença.
Hematologista do Hemocentro, Rafaela Reis explica que a pessoa com hemofilia apresenta sangramentos que demoram mais tempo para serem controlados. “Os sinais de hemofilia A e B são os mesmos: manifestações hemorrágicas com sangramento nos músculos e articulações, sangramento espontâneo ou após traumas em órgãos internos, sangramento prolongado após corte, remoção de dente ou cirurgia, sangramento por um longo tempo após um acidente”.
Tratamento
Atualmente o tratamento da hemofilia é feito com a aplicação de concentrados do fator deficiente purificado, de alto custo, por via endovenosa. O tratamento pode ser feito sob demanda, em caso de sangramentos, ou profilaxia (para evitar sangramento). “Os pacientes são estimulados e treinados para realizar as infusões em domicílio, pois em intercorrências com sangramentos o fator de coagulação deve ser aplicado o mais rápido possível”, detalha a médica.
Os medicamentos são repassados aos pacientes e seus cuidadores juntamente com as informações sobre a forma adequada de conservação e os cuidados de higiene no transporte e no preparo, além de orientações sobre o descarte do material perfurocortante utilizado, como seringas, agulhas e escalpes.
Foto: SES
Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás