A destituição de Marussa Boldrin da presidência municipal do MDB em Rio Verde pelo presidente estadual, Daniel Vilela, intensifica as disputas políticas locais. A medida, que busca manter o partido na base de apoio ao prefeito Paulo do Vale (UB), surpreende Marussa, que busca reverter a decisão junto à direção nacional do MDB. O cenário político na cidade se complexifica, com possíveis impactos nas eleições municipais de 2024 e 2026
Marussa Boldrin foi destituída da presidência municipal do partido em Rio Verde, a deputada federal foi nomeada há quase sete meses pelo presidente nacional do MDB, Baleia Rossi. A decisão foi tomada pelo presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, vice-governador do Estado de Goiás. A medida, tomada na última sexta-feira (19), visa manter o partido na base de apoio ao prefeito Paulo do Vale (UB) e intensifica as disputas políticas locais.
A destituição ocorreu em meio à divisão da base aliada do governador Ronaldo Caiado (UB) para a disputa em Rio Verde, podendo aumentar com a aproximação entre o MDB e o grupo comandado por Lissauer Vieira (PL). Marussa Boldrin estava à frente do cargo desde setembro de 2023 e permaneceria até março, quando uma nova direção seria definida.
A decisão surpreendeu Marussa, que afirmou ter sido informada por terceiros. A deputada federal já iniciou esforços para reverter a decisão junto à direção nacional do MDB. Com a destituição, a responsabilidade de definir uma nova presidência municipal fica a cargo de Daniel Vilela, que possivelmente indicará o deputado estadual Lucas do Vale, filho do prefeito Paulo do Vale.
A atuação de Marussa Boldrin tem sido marcada pela oposição ao prefeito, inclusive durante seu mandato como vereadora. A mudança na presidência do MDB intensifica a complexidade do cenário político em Rio Verde, que já conta com divisões e incertezas estratégicas, adiando a escolha de um candidato até 6 de abril.
O possível apoio do MDB a Wellington Carrijo (MDB) gera insatisfações na base governista, com o vice-prefeito Danillo Pereira lançando pré-candidatura própria pelo PSD. Paulo do Vale mantém indefinições estratégicas, e as pré-candidaturas da oposição, como a de Karlos Cabral (PSB), Daniel Câmara (Novo) e Lissauer Vieira (PL), complexificam a dinâmica política local.
O PSDB busca a adesão de Marussa, complicando ainda mais a situação. O desdobramento dessa destituição pode ter repercussões nas eleições municipais de 2024 e nas eleições de 2026, evidenciando a importância estratégica do pleito municipal para a base governista e as articulações em curso.
