Após viagem missionária a Síria, empresário brasileiro e esposa foram impedidos de retornar ao Brasil

O diretor-geral da Faculdade de Piracanjuba e vice-presidente e Relações Públicas da Igreja Sírian Ortodoxa de Antioquia, Monsenhor padre Paulo Milton Justus está impedido de retornar ao Brasil, pelas autoridades do Líbano, desde a última quinta-feira (09). Ele está em viagem missionária ao Oriente Médio (Líbano e Síria), acompanhado da esposa a ex-prefeita de Campestre-GO, Selma Justus. Milton Justus, que também é empresário em Piracanjuba – GO, também concorreu a prefeito na cidade, nas últimas eleições.
Segundo informou Milton Justus, após três dias de passagem pela Síria realizando trabalhos comunitários e religiosos, no país que vive atualmente conflitos políticos, econômicos e sociais, seu embarque foi impedido pelas autoridades locais que alegaram questões sanitárias para a passagem de cidadãos brasileiros para Atenas-GR, que atualmente não recebe brasileiros, devido a pandemia do Coronavírus.
“Ao embarcarmos rumo a Madri – ES, tínhamos uma conexão em Atenas. Já tínhamos realizado o embarque e fomos retirados da aeronave com a justificativa que não poderíamos fazer a conexão por conta do impedimento para que cidadãos brasileiros entrem em Atenas. Uma situação totalmente constrangedora. Sem nenhuma assistência da companhia aérea ou das autoridades locais fomos obrigados a cancelar nossa passagem e emitir um novo voo, além disto, exigiram um novo teste de PCR, que realizamos após ficarmos por mais de 24h ao relento, sentados nos corredores do aeroporto do Líbano”, afirmou.
De acordo com Justus, a nova passagem que foi comprada para retornar ao Brasil foi cancelada, sem qualquer justificativa.
“Realizamos os testes que foram solicitados e ao retornar ao aeroporto nossas passagens haviam sido canceladas. Fizemos nova compra e estamos aguardando para embarcar no sábado de volta ao Brasil. Para nossa segurança viemos para um hotel próximo ao aeroporto e estamos apreensivos diante do cenário em que o país se encontra devido aos conflitos políticos. Falta água, energia e a noite a situação é ainda pior”, revelou.
Diante do total descaso e da falta de apoio das autoridades locais e brasileiras para assegurar o retorno e a segurança do empresário e da sua esposa, eles solicitam que o governo brasileiro possa interceder para que seus direitos sejam respeitados e o retorno ao país de origem aconteça o mais breve possível.
“Apesar de estarmos com uma nova passagem comprada para sábado, nada garante que consigamos embarcar. O país está um caos e após realizarmos um trabalho tão dignificante, junto a comunidade local, por meio da Igreja, temos uma sensação de total abandono e descaso. Precisamos de uma reação do governo brasileiro para que nossa integridade seja mantida e possamos retornar ao Brasil”, finalizou.