A declaração do presidente Lula de querer ferrar o senador, Sérgio Moro, respingou no Congresso Nacional.
Parlamentares da oposição estão associando o suposto plano da facção criminosa PCC contra o senador e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil-PR) à fala de um dia antes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que pensava em vingança quando estava preso em Curitiba.
Lula e Moro voltaram a trocar farpas devido à Operação Lava Jato. Lula relembrou que, no período em que esteve preso, costumava falar para procuradores que iam visitá-lo que iria “ferrar “ para não falar a palavra dita por Lula. Já o senador respondeu que o presidente quer se vingar do povo brasileiro.
Nesta quarta, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou solidariedade a Moro e ao promotor Lincoln Gakiya —que também seria alvo dos criminosos— e relembrou o assassinato do ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel, em 2002.
Parlamentares acreditam que a fala de Lula era a “autorização” que o PCC precisava para executar o plano” contra o senador paranaense.
Integrantes do governo e aliados no Congresso rebateram a relação que a oposição faz da fala de Lula com o plano dos criminosos.
Só para relembrar que na condição de ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, Moro transferiu vários chefes do PCC, entre eles o Camacho e o Marcola, para o sistema penitenciário federal.
O principal chefe do PCC foi transferido do sistema penitenciário estadual de São Paulo para a penitenciária federal em Brasília em fevereiro de 2019. Meses depois, seguiu para uma unidade federal em Rondônia e, depois, retornou para a capital federal.
Ontem(22), Sergio Moro se pronunciou no Plenário do Senado e usou uma frase no sentido metafórico. Ele disse que se partirem para cima deles com uma faca, é preciso usar um revólver. Se usarem um revólver , é providencial usar uma metralhadora. E se usarem uma metralhadora é fundamental usar um tanque ou um carro de combate.
Clima tenso aqui na Capital Federal.
De Brasília, Edmar Soares – Olho Vivo