Jair Bolsonaro esteve em Goiás recentemente para apoiar candidatos do PL que disputam o segundo turno em Aparecida de Goiânia, Goiânia e Anápolis. Em Goiânia, fez o que mais sabe em sua carreira política: atacar. Desta vez, seu alvo foi o governador Ronaldo Caiado, que, segundo ele, “não honra a palavra”. Uma declaração infundada e irônica vinda de alguém que, como presidente, prometeu melhorar a segurança pública, mas vem ao estado mais seguro do Brasil — graças ao trabalho liderado por Caiado — para destilar rancor.
Bolsonaro, inelegível e fora da disputa política, parece mais movido pelo despeito do que por qualquer fundamento. Seu legado inclui uma administração marcada por escândalos de corrupção, acúmulo pessoal de presentes dados ao Brasil e atos de covardia, como ter fugido para os Estados Unidos antes de passar a faixa presidencial. Incentivou seus apoiadores a atacar os poderes, mas, quando as consequências legais surgiram, retirou-se do confronto, fugindo de sua responsabilidade.
As críticas a Caiado demonstram não só um profundo desconhecimento da realidade em Goiás, mas também a incapacidade de reconhecer o sucesso alheio. Sob a liderança de Caiado, o estado alcançou resultados extraordinários na segurança pública, tornando-se uma referência nacional. Para Bolsonaro, no entanto, os ataques parecem ser a única resposta à sua irrelevância crescente no cenário político.
Wilder Morais, presidente do PL em Goiás e aliado temporário de Bolsonaro, também se junta à investida. Um homem que se autoproclama defensor da “direita raiz”, mas que, na verdade, se utiliza de uma máscara ideológica apenas para inflar ataques contra um amigo pessoal, o governador Caiado.
O que fica claro, em mais um episódio lamentável da carreira de Bolsonaro, é que, quando ele não tem mais fatos ou propostas a oferecer, resta-lhe apenas a velha retórica destrutiva. Goiás merece respeito, não o show de mesquinharia oferecido pelo ex-presidente.
