

Planejada no início para abrigar 50 mil habitantes, a capital possui hoje cerca de 1,3 milhão de moradores em seu município e mais de 2,4 milhões em sua região metropolitana. Goiânia enfrenta muitos problemas, como por exemplo, a crescente incapacidade de atender as demandas em infraestrutura.
Os gargalos no trânsito e mobilidade são os que destacam e carecem de soluções urgentes.
Segundo o DETRAN, a quantidade de veículos em circulação em Goiânia cresceu quatro vezes mais do que a população, ou seja, há um carro para cada habitante. Frota atual em Goiânia ,um total de 1.273.785 veículos em 2022, sendo veículos de duas rodas: 311.352,
veículos de quatro ou mais rodas 966.433.
São cerca emplacados na capital e algumas estimativas apontam que aproximadamente 1,4 milhão de veículos circulem diariamente na cidade. A malha viária da cidade não sofreu intervenções importantes para suportar o tráfego intenso e caótico, principalmente em horários de picos.
Goiânia não conta com um instituto ou entidade dedicada à pesquisa e estudos estratégicos do município. Por causa desta falta, a prefeitura não tem controle das informações e conhecimento amplo sobre a realidade da cidade para tomar as medidas corretas para solucionar estes gargalos na mobilidade urbana.
Entre os inúmeros problemas nesta área destacamos neste artigo os acessos à cidade e as rodovias que levam aos municípios do interior goiano e a outras capitais do país. Nosso sistema viário interno carece de vias expressas, que são vias de fluxo intenso de veículos propiciando maiores velocidades e que cumprem, como principal função, as ligações entre regiões do Município e a articulação metropolitana ou regional. Caso não forem tomadas medidas em curto prazo corremos o risco de demorar mais para sair da capital do que chegar ao destino.
Os principais acessos a Goiânia são:
Pela saída oeste as GO 060 e 070 com destino a Trindade e Cidade de Goiás tem como gargalos o trânsito caótico em horários de pico nas Avenidas Castelo Branco, Avenida Anhanguera e Perimetral Norte, todas estas vias concentram em um mesmo ponto nos rebaixamentos das pistas da GO 070 e o anel sobre a saída para GO 060, a pista estreita e mal sinalizada não dão escape em caso de acidente e avaria.
Seria necessário readequar e implantar a pista que sai do DETRAN cruza a Avenida Consolação e vai pela Vila João Vaz, Parque Oeste chegando ao Conjunto Vera Cruz, outra ação no sentido Cidade de Goiás seria estender a Avenida Goiás Norte até o município de Goianira e melhorar os acessos a Avenida Perimetral Norte uma via com características expressas.
Pela saída sudoeste com destino à BR-060 para Rio Verde e região, as continuações das Avenidas T-9 , T-7, Avenida Consolação e Aderup convergem para o mesmo trevo com rebaixo, para aliviar esta demanda será necessário prolongar a Avenida T-63, passando pelo Jardim Europa e chegas ao município de Abadia de Goiás e redefinir o acesso pela avenida T-9 a partir do conjunto Greenville até o elevado da BR-060 no Parque Oeste. Outra iniciativa seria melhorar as condições de acesso via os municípios de Aparecida de Goiânia e Aragoiânia saindo em Guapó.
Pela saída sudeste na GO-020 sentido Catalão e região da estrada de ferro, só temos uma saída que se sobrecarrega em função da concentração de condomínios fechados nesta região, seria necessário dar continuidade a avenida que cruza o viaduto da UNIP até atingir os condomínios a direita da G0-020.
Pela saída leste através do Jardim Novo Mundo sentido Senador Canedo e região, só existe a travessia pela Avenida Anhanguera, existem também duas outras entradas secundárias de difícil acesso um pela BR-153, próximo ao Rio Meia Ponte, dando acesso ao Leite Itambé e no outro extremo pelo viaduto do Estádio Serra Dourada, um acesso complicado e congestionado. Seria necessária a continuidade da Avenida Leste Oeste com a construção de um viaduto ligando a Avenida que vai para o Leite Itambé e outra passagem de nível entre os viadutos da Avenida Anhanguera e o do estádio Serra dourada.
Saída sul pela Rua 90 e pela Vila Redenção chegam a mesma rotatória sob o viaduto em frente à casa de eventos Master Hall o que sobre carrega este acesso, seria necessário readequar o acesso a esta Região do Parque das Laranjeiras via viaduto da UNIP, dando continuidade a avenida que chega apenas na baixada.
Faz-se necessário um melhor planejamento dos corredores de transporte individual e coletivo para auxiliar a melhor fluidez do trânsito em especial nas Avenidas T-63, T-10, T-9 e T-7. Assim como um planejamento para construção de mais pontes ligando os Bairros cortados pelos córregos que compõe a rede hídrica da capital.
um grande debate ocorre, em especial na questão do urgente planejamento da mobilidade urbana da cidade, de forma coordenada e que envolva os municípios da região metropolitana, com uma visão que respeite o pedestre, o transporte público, o ciclista disciplinando o fluxo do transporte individual, mas não o priorizando em detrimento da qualidade de vida ambiental.
A Prefeitura de de Goiânia prepara a Execução de um amplo Programa de Modernização da Malha Viária de Goiânia, com coligação das BRs-060, BR-153 e BR-070, contemplando implantação e recuperação asfáltica de corredores estruturantes, implantação de sistema completo de drenagem e ações de mobilidade urbana em pontos estratégicos da capital. O investimento será utilizado para melhorar a infraestrutura viária, promover a revitalização integral da sinalização horizontal e vertical, a modernização dos semáforos com tecnologia inteligente e a aquisição de equipamentos não letais (tasers), assegurando maior segurança nas operações dos agentes de trânsito e resultando em um trânsito mais seguro, eficiente e organizado para todos os cidadãos. A malha viária de Goiânia é conectada às rodovias BR-060, BR-153 e BR-070 através de seus acessos e trechos urbanos e de contorno.
A articulação dessas rodovias federais, como a BR-153, a BR-060 e a BR-070, é fundamental para o tráfego de passageiros e mercadorias na capital e na região metropolitana.
Essa rede viária é crucial para a integração econômica e logística de Goiânia com outras partes do Brasil.
Arquiteto e Urbanista Garibaldi Rizzo
Coordenador Técnico do Grupo Executivo de Projetos Especiais de Goiânia






