Utilidade Pública

Seca fica mais branda no Centro-Oeste de acordo com o Monitor de Secas

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Fenômeno ficou mais brando em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul segundo a última atualização do Monitor de Secas, referente a agosto. Seca se intensificou em Goiás e seguiu estável no Distrito Federal

Entre julho e agosto, a seca teve um abrandamento em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, conforme a última atualização do Monitor de Secas. Enquanto em MT houve uma redução das áreas com seca extrema e seca grave, em MS esses graus do fenômeno recuaram juntamente com a seca moderada. No sentido oposto, Goiás registrou a intensificação da seca com o aumento de 32% para 50% do território do estado com seca moderada. Já o Distrito Federal permaneceu com 100% de seca moderada nesse período.

Na comparação entre os dois meses, em termos de área com seca, o Distrito Federal e Goiás seguiram com 100% de seus territórios com a presença do fenômeno. Em Mato Grosso a seca subiu de 96% para 98% do estado, enquanto em Mato Grosso do Sul o fenômeno recuou de 100% para 88% do território sul-mato-grossense. Saiba mais sobre os destaques dos três estados do Centro-Oeste e do DF.

DISTRITO FEDERAL

Área com o fenômeno: Primeira vez com cinco meses consecutivos de seca em 100% do DF desde sua entrada no Mapa do Monitor de Secas em julho de 2020.

Severidade da seca: Primeira vez que a seca moderada foi registrada no DF em três meses consecutivos.

GOIÁS

Área com o fenômeno: Três meses consecutivos com 100% de seca desde o período de setembro a novembro de 2021.

Severidade da seca: Seca extrema permanece estável desde fevereiro deste ano no patamar de 13% do estado. Nesse período a seca grave segue em 23% do território.

MATO GROSSO

Área com o fenômeno: Maior área com seca (98%) desde agosto de 2021 (100%). A área com seca cresceu 62 pontos percentuais nos desde fevereiro deste ano.

Severidade da seca: Menor percentual de seca extrema (2%) desde a entrada de MT no Mapa do Monitor em junho de 2021.

MATO GROSSO DO SUL

Área com o fenômeno: Primeira vez que o MS registra áreas livres de seca desde sua entrada no Mapa do Monitor em julho de 2020.

Severidade da seca: Percentual de seca extrema caiu de 29% para 19% no estado entre março e agosto.

 

Cenário nacional

Entre julho e agosto, em termos de severidade da seca, cinco estados tiveram um abrandamento do fenômeno segundo o Monitor de Secas: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Sul. Tanto em Alagoas quanto em Santa Catarina a seca não foi registrada em agosto. Em outras oito unidades da Federação o fenômeno se manteve estável: Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo e Sergipe. Por outro lado, em seis estados a seca se intensificou no período: Bahia, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Piauí e Tocantins. Como Rondônia entrou no Mapa do Monitor a partir de agosto, ainda não é possível fazer esse tipo de comparação.

Na comparação entre os dois meses, quatro estados registraram o recuo da área com seca: Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul e Paraná. Em oito unidades da Federação a porção com a presença do fenômeno ficou estável entre julho e agosto: Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe. Nos casos de Alagoas e Santa Catarina, seus territórios permaneceram livres do fenômeno nos dois últimos meses monitorados. Por outro lado, a seca avançou em sete estados: Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e Tocantins.

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, Mato Grosso lidera a área total com seca, seguido por Minas Gerais, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. No total, a área com o fenômeno foi de 3,87 milhões de quilômetros quadrados, equivalente a 45% do território brasileiro.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTESUDESTENORDESTESUL e NORTE.

O Monitor de Secas

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

O Monitor abrange as cinco regiões do Brasil, o que inclui os nove estados do Nordeste, os três do Sul, os quatro do Sudeste, os três do Centro-Oeste mais o Distrito Federal, além de Tocantins e Rondônia. O processo de expansão continuará até alcançar todas as 27 unidades da Federação.

 

O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 21 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.

A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.

Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)

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