Por e-mail, ela falou ao Hora Extra sobre como é estar novamente em Goiânia agora sendo uma cantora premiada internacionalmente: "Os prêmios são um reconhecimento gostoso, mas pra mim o que conta mesmo é dar continuidade, voltar à cidade e fazer um show lindo" e sobre o avanço feminino no mundo dos festivais alternativos: "acho muito lindo e importante que, finalmente, aos poucos, o mundo comece a jogar luz sobre esse tema"
Hora Extra: Você já esteve mais de uma vez em Goiânia em momentos diferentes da sua carreira. Agora volta com o último álbum Troprix carregado de prêmios. Como será voltar a Goiânia agora nesse novo momento, sendo uma vencedora de Grammy e tudo mais?
Céu: Volto felizona em tocar novamente em Goiânia! Os prêmios são um reconhecimento gostoso, mas pra mim o que conta mesmo é dar continuidade, voltar à cidade e fazer um show lindo.
HE: Você surgiu no meio alternativo, aquele fora do mainstream e são artistas assim que sempre foram o foco de festivais como o Bananada. Para você, o que representa esses festivais para a música brasileira?
Céu: Eles [os festivais] são necessários, de extrema importância para os artistas. Eu diria que é um respiro num cenário tão minado de especificidades mercadológicas. Gostaria que tivessem mais espaços para artistas independentes.
HE: Você é considerada por alguns como uma nova voz da MPB, mas você mesma disse que esse rótulo é limitado, qual seria o seu rótulo então?
Céu:Não sou a pessoa certa pra falar de rótulos, sou realmente inoperante nessa questão.
HE: Você é mãe, já disse que é dona de casa, viaja, faz turnê. Ganha prêmios. Você acha que sua vida reflete a da mulher moderna? Como você vê esse novo papel de maior relevância que as mulheres estão tendo na música em especial nestes festivais?
Céu: Acho muito lindo e importante que, finalmente, aos poucos, o mundo comece a jogar luz sobre esse tema, e os holofotes se virem para os inúmeros desdobramentos femininos. É muito importante que esse assunto seja falado, à exaustão, só assim para as coisas começarem a caminhar para a igualdade.
HE: Mais alguma coisa que você gostaria de dizer ao público goianiense que te espera? O que esperar desse do show?
Céu: Não! Só que tô feliz demais de voltar!
