O deputado federal bolsonarista Gustavo Gayer (PL) foi condenado a pagar uma multa de R$ 100 mil, por cometer assédio eleitoral. O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) aumentou o valor da indenização pelo crime cometido durante a campanha de 2022.
A condenação é em razão dado parlamentar realizar reuniões com funcionários de diversas empresas de Goiás para promover o então candidato à reeleição Jair Bolsonaro. Em dezembro de 2023, o TRT-18 também havia determinado ao parlamentar o pagamento de indenização de R$ 80 mil por danos morais. A nova decisão foi tomada após o Ministério Público do Trabalho (MPT) ter recorrido da sentença.
De acordo com denúncia do MPT, em um dos casos, Gayer foi a uma padaria, a pedido do proprietário, e fez uma reunião com os empregados para falar sobre “as propostas dos candidatos à Presidência da República”.
No ano passado, após receber uma denúncia anônima, os procuradores entraram com uma liminar na Justiça do Trabalho para impedir a realização de novas reuniões durante o período eleitoral, e o pedido de suspensão foi aceito.
A defesa de Gayer nega que o deputado tenha pedido votos para Bolsonaro e alegou que a presença do parlamentar era para “debater a atual conjuntura política do país, em especial nos dias que antecederam a realização do segundo turno das eleições presidenciais”.
A decisão do TRT-18 é de segunda instância. Assim, cabe recurso pela defesa de Gayer, que poderá recorrer Tribunal Superior do Trabalho (TST).