Violência no campo: agricultores e policiais fazem parcerias para combater crimes
Quem é do campo já ouviu falar ou até viveu uma história de violência. Casos de assaltos, roubo de gado e máquinas, invasões de propriedades são cada vez mais comuns na zona rural.
Por causa dessa situação, agricultores e policiais estão fazendo parcerias para agilizar o combate ao crime no campo.
Em Goiás, por exemplo, o tenente-coronel André Luiz de Carvalho criou o Programa de Patrulha Rural, que logo se mostrou muito promissor.
Atualmente, 100 equipes do batalhão rural do estado recebem, todos os dias, um roteiro de propriedades que devem ser visitadas durante o expediente. Qualquer fazenda, seja ela pequena, média ou grande, recebe a visita dos policiais.
O Batalhão Rural apresenta uma redução de 80% no acumulado de 3 anos em diversas naturezas de crimes e, hoje, é o que mais recaptura foragidos da Justiça, que insistem em procurar serviços nas propriedades rurais.
Distrito Federal
A iniciativa de Goiás inspirou a Polícia Militar do Distrito Federal, que, há pouco mais de dois anos, criou o Programa Guardião Rural, onde os moradores das fazendas ajudam a polícia com informações.
Toda propriedade cadastrada no programa recebe um número para facilitar a identificação da polícia e uma placa indicando que a área é monitorada.
Por meio de um QR Code, a polícia tem acesso a todos os dados da fazenda.
Hoje, em todo o DF, 540 produtores já se tornaram guardiões rurais e, por mês, cerca de 90 propriedades são cadastradas.
Mato Grosso do Sul
O Programa Patrulha Rural, criado em Goiás, também está em fase de implantação em Mato Grosso do Sul.
No ano passado, o estado ganhou a primeira delegacia especializada em crimes do campo, a Deleagro, que tem foco no combate aos crimes patrimoniais envolvendo os produtores rurais.