Vereadora Kátia Denuncia Crise na Saúde Municipal ao Cremego
Após visitar sete unidades de saúde municipais, Kátia (PT) apresenta relatório crítico ao Conselho Regional de Medicina (Cremego), destacando superlotação, falta de insumos e precariedade das instalações

Na noite de segunda-feira (20), a vereadora Kátia, do Partido dos Trabalhadores (PT), apresentou um relatório contundente ao Conselho Regional de Medicina (Cremego), apontando graves deficiências na saúde municipal de Goiânia. A ausência do secretário municipal de saúde, Wilson Pollara, no evento, foi duramente criticada pela vereadora, que destacou a precariedade das unidades de saúde e a falta de insumos básicos.
Problemas Graves e Precariedade nas Unidades
Kátia relatou que, em visitas realizadas na última sexta-feira (17) a sete unidades de saúde municipais, incluindo UPA Novo Mundo, Cais Chácara do Governador e UPA Itaipu, constatou-se uma série de problemas recorrentes. Entre as principais questões destacadas estão o desmantelamento do Samu, superlotação, falta de médicos e insumos, e estruturas físicas deterioradas.
“Na Chácara do Governador, não havia álcool e algodão. Uma enfermeira teve que pegar álcool emprestado da equipe de limpeza para aplicar uma injeção”, relatou a vereadora.
Desorganização e Superlotação
O relatório também apontou a desorganização na regulação entre o município e o estado, resultando em superlotação e longas esperas por leitos hospitalares. “Observamos muitos pacientes internados há mais de 24 horas quando já deveriam estar em um hospital”, destacou Kátia, frisando que a falta de estrutura e capacidade das unidades agrava a situação.
Ações e Providências
O relatório foi entregue ao Cremego com o objetivo de reforçar as fiscalizações já realizadas pelo conselho. Além disso, Kátia planeja levar o documento ao Ministério Público de Contas do TCM-GO para verificar a compatibilidade entre os gastos e os problemas enfrentados.
“Sempre busquei o diálogo, mas quando as soluções não são tomadas, as sanções precisam ser aplicadas”, afirmou a vereadora, defendendo a responsabilização dos gestores públicos pelas condições deploráveis da saúde municipal.
A crise na saúde de Goiânia não apenas compromete a qualidade do serviço prestado à população, mas também sobrecarrega médicos e servidores, levando a situações de estafa e assédio moral. “Se a prefeitura não resolve a situação, alguém precisa ser responsabilizado e responder judicialmente por isso”, concluiu Kátia.