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Seca histórica e queimadas pressionam preços de alimentos no Brasil

Com impacto direto na produção agrícola e pecuária, efeitos climáticos elevam preços do açúcar, feijão, carne e outros itens essenciais da cesta básica

A severa seca que atinge o Brasil, a pior registrada em mais de quatro décadas, e os incêndios florestais que se espalham por diversas regiões do país, estão causando um efeito direto no bolso do consumidor. Produtos como açúcar, feijão, carne e laticínios estão ficando mais caros, e a tendência é de novos aumentos nos próximos meses.

O Brasil, maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, já enfrenta prejuízos expressivos em áreas de cultivo. Estima-se que 80 mil hectares de plantações foram destruídos pelas queimadas em São Paulo, com perdas que ultrapassam R$ 800 milhões. Esse cenário reflete no preço do açúcar no mercado internacional e também nas prateleiras brasileiras.

Outro produto que sentirá forte aumento é o feijão, que pode ter alta de até 40% no atacado até o final do ano. Além disso, as frutas e hortaliças também sofrem com a irregularidade das chuvas, como a laranja e a banana, afetando a oferta e encarecendo o custo para o consumidor final.

Na pecuária, a falta de pasto devido à seca exige maior uso de ração para o gado, elevando os custos de produção de carne e laticínios. Especialistas apontam que esse cenário deve continuar pressionando o preço da carne bovina, do leite e seus derivados.

O impacto não é apenas econômico, mas também ambiental. As queimadas alteram a qualidade dos solos, e sua recuperação pode levar anos, com altos custos para os agricultores. Além disso, o aumento dos focos de incêndio em biomas como Amazônia e Cerrado acentua a perda da biodiversidade e agrava a crise climática no país.

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