Recém-empossado prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil) tem demonstrado disposição para enfrentar os desafios de uma capital marcada por problemas financeiros e estruturais herdados da gestão passada. No entanto, as ações do novo gestor já suscitam debates sobre a eficácia e a percepção pública de sua administração.
A demissão em massa na Comurg, por exemplo, é uma decisão que visa reduzir custos, mas também levanta questionamentos entre os goianienses: não seria mais estratégico realocar esse contingente para intensificar a limpeza da cidade, que enfrenta sérios problemas de zeladoria?
Embora Mabel tenha assumido o mandato com promessas de mudanças e um discurso de reconstrução, há sinais de que a administração pode estar cedendo à tentação do populismo, especialmente nas redes sociais e na mídia tradicional. Medidas amplamente divulgadas podem atrair aplausos no curto prazo, mas sem resultados concretos, podem alimentar a frustração popular.
Conselho: o prefeito precisa aproveitar os primeiros 100 dias para consolidar um ritmo de trabalho que privilegie planejamento e execução, ao invés de cair na armadilha de agradar apenas às redes sociais ou ceder à pressão de agradar setores específicos.
Os próximos meses dirão se ele está preparado para essa missão ou se sucumbirá às armadilhas que tantos outros prefeitos enfrentaram.
