Pedro Paulo despertou os piores sentimentos na oposição da OAB
Abandono, apatia e até covardia sãos os adjetivos usados pelos ex-apoiadores do pré candidato a presidente da Ordem
O candidato a presidente da OAB subseção Goiás, Pedro Paulo de Medeiros, tem encontrado resistência e remontar seu time para as eleições de novembro. Sem seus principais articuladores e no clima de divisão interna, para não dizer, “racha” histórico do grupo da chamada “Nova Ordem”, ou mesmo da antiga OAB FORTE.
Pepê (como é conhecido), lançou-se, ainda antes de findar o mês de abril, a sua pretensão velada de disputar as eleições da OAB deste ano e já saiu a campo angariando apoio e atividade de pré-campanha eleitoral.
Ocorre que, mesmo sobre o discurso da chamada “real chance de vitória”, Pedro Paulo Medeiros não conseguiu unificar as oposições e encontra resistência doméstica. O primeiro revés sofrido é a falta de entendimento e respaldo de Júlio Meirelles. Candidatíssimo, Júlio vem trabalhando seu nome desde que “Pepê” oficiou que não disputaria mais as eleições. Passou três anos viabilizando seu nome e conseguiu apoios importantes como de Leon Deniz e Bruno Penna. Na sequência, caminhou o interior, construiu propostas e carregou a bandeira da oposição. “Passou dois anos distante da advocacia, não conhece a oposição que está unida, mas não entorno do nome dele”, diz, Júlio Meirelles.
De fato, Pedro Paulo foi cuidar da sua vida pessoal. O que para muitos soou como “nojinho” da advocacia de balcão e dos problemas da OAB, foi uma decisão, com certeza nada fácil, vez que o pré-candidato tem uma história de luta para com a OAB. A grande questão é que outras pessoas ocuparam-se do seu tempo e suas histórias para segurar a oposição até aqui, enquanto todo o grupo que segura na mão de Pedro Paulo, na verdade, abandonou a OAB (as bandeiras classistas).
A seguir, veio um jovem talentoso, sem estrutura eleitoral, André Abrão, que segurou as pontas até que Pedro Paulo anunciasse sua candidatura.
Da falta de comunicação e do desprezo do grupo chamada nova ordem, não unificaram: Carla Zanini, Alan Rocha, Danúbio Remy e Waldemir Malaquias, sendo estes apenas alguns nomes com que Pedro Paulo deixaram de contar no projeto de 2021.
O revés veio maior, quando o coordenador da Nova Ordem, Rodrigo Guedes apareceu em foto ao lado do candidato de Lúcio Flávio, quem já desponta no processo eleitoral, Rafael Lara, além do “Nós, a Nova Advocacia” movimento jovem liderado pelo advogado Pedro Miranda, que se tornou um dos coordenadores e braço direito de Rodolfo Otávio.
Portanto, se a convergência era o ponto central para que Pedro Paulo Medeiros fosse considerado o “Sassá Mutema” da oposição, não se encontra nada de “Salvador da Pátria”. Ao contrário, os sentimentos lançados pelas escolhas pessoais de abandono de Pedro Paulo são os piores, no cenário político e eleitoral deste ano.
Seu grupo de articuladores desprezam o passado ao tempo que não possuem qualquer conexão com o presente e a realidade da advocacia moderna. Acreditam que a velha guarda não produzem os votos suficientes, mas não analisam que Pedro Paulo possui apenas o recall de uma eleição polarizada em duas candidaturas, de quando Lúcio Flávio era uma figura caricaturada pela oposição e detentora de um mandato só. Tratam como se os 7 mil votos fossem dele, e não dos mais de 100 membros da chapa que o carregou em uma derrota em que ele não tinha outra obrigação, senão ir e vencer.
Todos são unânimes, que a falta de acerto com Júlio Meirelles faz de Pepê o detentor dos piores sentimentos de um político classista. Essa é só a ponta. Pois, a falta de zelo e lealdade com quem o fez chegar até aqui demonstra a trajetória de um futuro presente em um passado próximo.
Enquanto este cenário de falta de empatia se instala na oposição, avalia-se que a candidatura de Rafael Lara e Rodolfo Otávio ganha apoios e consenso, ampliando vantagem na base de votos, principalmente do interior.