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[Opinião] Os arranjos produtivos locais nas regiões de Goiânia

Queremos destacar neste artigo  as vocações econômicas das doze regiões de planejamento de Goiânia. Economicamente, nossa Capital é caracterizada por ter um forte comércio varejista; um dinâmico e diversificado setor de serviços, que cresceu muito nas últimas décadas, especialmente nas áreas de educação, saúde e telecomunicações; aglomerados de negócios na indústria alimentícia e na saúde; um grande número de confecções, e um comércio atacadista que constitui uma potencialidade a ser explorada, assim como o turismo de eventos e de negócios.

O comércio varejista e o setor de serviços são as principais atividades econômicas do município. Por outro lado, o setor de turismo poderá se consolidar, desde que ocorra a ampliação dos atrativos existentes, o aumento e a melhoria da infraestrutura de transportes e da rede hoteleira, bem como capacitação da mão de obra e dos empreendedores atuantes no setor.

É de fundamental importância que as lideranças políticas e empresariais do município propiciem a elaboração e divulgação de um diagnóstico municipal consistente e realista que possibilite a elaboração e implantação de um plano municipal e regional de desenvolvimento econômico que vise:

  • Implantar uma política municipal de industrialização.
  • Atrair grandes empresas para o município.
  • Incentivar a indústria de confecções.
  • Incentivar e apoiar o crescimento ainda maior do setor de serviços, principalmente nas áreas de educação, saúde, turismo de negócios e turismo de eventos.
  • Tornar Goiânia um polo de informática e atacadista.
  • Transformar Goiânia na capital do agronegócio,
  • Consolidar Goiânia como grande centro comercial.

Goiânia é hoje uma economia urbana diversificada e promissora, devido ao fato de fazer parte, juntamente com mais vinte outros municípios, de uma região metropolitana com mais de 2.000.000 de habitantes e de um dos eixos econômicos de maior dinamismo e crescimento no país: o eixo Goiânia-Anápolis-Brasília.

Além de contar com uma posição geográfica estratégica, já que o município está localizado no centro do país e da maior área agropastoril do mundo, a capital goiana, em comparação com outras capitais e cidades de médio e grande porte brasileiras, tem uma posição privilegiada no contexto do agronegócio.

O crescimento da cidade alterou sua estrutura urbana à medida que surgem novos bairros. A cidade hoje supera a casa de um milhão de habitantes, possui um número elevado de Bairros, Setores, Vilas e Jardins, dividindo a cidade em 12 (doze) Regiões, segundo a divisão geográfica estabelecida pela Secretaria de Planejamento (SEPLAM).

A expansão e o aumento da população estimularam o aparecimento dos centros de bairro, áreas voltadas ao comércio e à prestação de serviços, atendendo às demandas presentes nos novos bairros (Por exemplo: Jardim Nova Esperança, Av. 24 de outubro, Av. Mangalô, Quinta Avenida na Vila Nova, Marechal Rondon, Avenida Aderup, entre outras).

Esta ação de fortalecer os centros dos bairros deve ser considerada positiva, pois reduz a quantidade e extensão dos deslocamentos, diminuindo a necessidade de transporte coletivo; facilita o acesso aos serviços públicos e ao comércio. Além disso, os centros de bairro assumem um papel importante na constituição da identidade das comunidades locais, funcionando como um ponto de referência e expressão simbólica das condições de vida e das aspirações dos seus moradores.

A Prefeitura pode intervir, estimulando e ordenando o seu desenvolvimento através da consolidação da estrutura urbana do centro de bairro. Estas intervenções podem reduzir os impactos negativos na qualidade de vida da população no tocante ao transporte coletivo, ao trânsito de veículos e de pedestres, à segurança e à acessibilidade aos serviços públicos.

Os centros de bairro, nesse sentido, devem ter condições de atender o máximo de necessidades da população, evitando deslocamentos e promovendo o desenvolvimento local. Devem oferecer não só atividades comerciais e prestação de serviços por particulares, mas também podem ser utilizados como instrumento de descentralização dos serviços públicos (mais VAPT-VUPTs, por exemplo)

O planejamento econômico da nova administração municipal deve focar no reforço dos centros de bairro, criando condições para o desenvolvimento do comércio e da rede de serviços locais, inclusive gerando empregos que beneficiarão os moradores do próprio bairro. O fortalecimento das vocações econômicas regionais contribui para fixar a população nos seus locais de origem, dando oportunidade de formação profissional e mercado de trabalho aos nossos jovens, proporcionando, enfim, melhor distribuição de renda  e qualidade de vida à sociedade.

 

Garibaldi Rizzo é Arquiteto e Urbanista

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