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Operação da Polícia Federal Contra Desvios de Recursos do PROS

Nesta quarta-feira (12), a Polícia Federal (PF) realizou uma operação para investigar desvios de recursos dos fundos partidário e eleitoral nas eleições de 2022, relacionados ao partido PROS, que foi incorporado pelo Solidariedade em 2023. A ação incluiu sete mandados de prisão preventiva e 46 mandados de busca e apreensão em Goiás, São Paulo, Paraná e no Distrito Federal.

Alvos da Operação

 

Entre os alvos da operação estão:

 

– Eurípedes Gomes Júnior: Atual presidente nacional do Solidariedade.

– Cintia Lourenço da Silva: Primeira tesoureira do Solidariedade, foi presa.

– Alessandro, conhecido como Sandro do PROS: Foi candidato a deputado federal, também preso.

– Berinaldo da Ponte: Ex-deputado distrital.

 

Os investigados são suspeitos de crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.

 

Contexto da Investigação

 

As investigações começaram após uma denúncia de Marcus Vinicius Chaves de Holanda, ex-presidente do PROS, que acusou Eurípedes Júnior de desviar aproximadamente R$ 36 milhões. A operação incluiu a tentativa de bloquear e indisponibilizar R$ 36 milhões e 33 imóveis pertencentes ao grupo investigado.

 

Bens Apreendidos

 

Durante a operação, a PF apreendeu:

 

– R$ 26 mil em espécie: Encontrados em Goiás.

– Um helicóptero modelo R66: Registrado em nome do PROS e avaliado em R$ 2,4 milhões. A aeronave era usada para fins particulares por Eurípedes Júnior e emprestada a amigos e familiares.

 

Declaração do Partido Solidariedade

 

O partido Solidariedade afirmou em nota que os fatos investigados ocorreram antes da união do PROS com o Solidariedade. Eles estão avaliando a situação e ainda não têm uma posição definitiva sobre os acontecimentos.

 

Indícios de Candidaturas Laranjas

 

A PF identificou que o grupo criminoso desviava recursos dos fundos partidário e eleitoral através de candidaturas laranjas em diferentes estados. Além disso, há suspeitas de superfaturamento de serviços contratados junto a consultorias jurídicas e desvio de verbas destinadas à Fundação de Ordem Social, ligada ao PROS.

 

Lavagem de Dinheiro

 

O grupo teria lavado o dinheiro desviado por meio da criação de empresas de fachada, compra de imóveis por intermediários e superfaturamento de serviços prestados aos laranjas e ao próprio partido.

 

A operação desta quarta-feira é um desdobramento das investigações que visam esclarecer e combater a corrupção no uso de recursos públicos destinados ao financiamento eleitoral e partidário. As ações da PF são essenciais para garantir a integridade dos processos eleitorais e a correta aplicação dos recursos públicos.

 

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