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“Não adianta trocar o secretário se não trocar a política”, diz vereadora Kátia sobre afastamento do secretário de Saúde de Goiânia

TCM afasta Wilson Pollara por 90 dias e suspende contratação emergencial para o Samu; Kátia critica políticas de terceirização e precarização dos serviços públicos

Durante sessão na Câmara Municipal de Goiânia nesta terça-feira (2/7), a presidente da Comissão de Saúde, vereadora Kátia (PT), criticou o afastamento do secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, após determinação do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Kátia afirmou que “não adianta trocar o secretário se não trocar a política”.

O afastamento de Pollara, determinado no fim de semana pelo TCM, atendeu a um pedido do Ministério Público de Contas, que acusou o secretário de realizar contratações prejudiciais aos cofres públicos. O TCM suspendeu, por 90 dias, a contratação emergencial de uma empresa para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), válida por 180 dias.

Em seu discurso, Kátia destacou que a gestão municipal está empenhada em terceirizar serviços essenciais, como a atenção básica e emergencial, além do Samu. “Infelizmente atravessamos um momento extremamente difícil, um momento em que a secretaria de Saúde tenta, a todo custo, terceirizar os serviços da atenção básica, de emergência e do Samu”, afirmou a vereadora.

Kátia acusou a administração municipal de desmonte dos serviços públicos para justificar terceirizações e privatizações. “A política adotada pela gestão municipal em todas as áreas é bem clara: o desmonte dos serviços públicos para justificar terceirizações e privatizações”, disse. A vereadora criticou a gestão, afirmando que a única política bem-sucedida da Prefeitura é o que ela chama de “Liquida Goiânia”, referindo-se à venda e terceirização de serviços públicos.

A vereadora sugeriu que os problemas enfrentados pela gestão são intencionais, visando justificar contratações emergenciais. “É uma precarização planejada”, afirmou Kátia. “Fazem isso para depois justificar a contratação, em caráter de urgência, de uma empresa para resolver os problemas que o município não consegue resolver. Foi assim na limpeza. Tem sido assim na Saúde. Já terceirizaram a contratação de médicos, de servidores e querem agora terceirizar o Samu”.

Para Kátia, o afastamento de Pollara não resolverá os problemas da gestão municipal. “O problema não é o secretário, é a política adotada por toda a gestão municipal”, afirmou. “Não basta afastar o secretário, temos de afastar esse pensamento de sucatear para privatizar tudo”, concluiu.

 

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