Meia Ponte entra no nível crítico 3, e Semad manda equipes para orientar e fiscalizar usuários
Captação deve ser reduzida em 50% enquanto o rio estiver com vazão abaixo de 3 mil litros por segundo. Restrição não vale para abastecimento público e criação de animais
Após 135 dias sem chuva, o rio Meia Ponte entrou no nível crítico 3 neste sábado (7). Em vídeo publicado nas redes sociais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), a secretária Andréa Vulcanis anunciou medidas que o Governo de Goiás está tomando e explicou qual o prognóstico para os próximos dias.
“Há previsão de chuva para segunda quinzena de setembro, o que deve equilibrar um pouco a situação. De qualquer maneira, todos nós precisamos fazer um esforço importante para garantir o abastecimento de água na cidade de Goiânia e região metropolitana”, afirma Vulcanis.
De sexta até segunda-feira (9), haverá 16 equipes da Semad em campo com a missão de visitar 83 pontos de captação no Alto Meia Ponte, como empresas e propriedades rurais. O objetivo é o de fiscalizar, orientar e conscientizar a respeito da necessidade do consumo consciente.
Restrição
Existe uma deliberação (21/2022) do Comitê de Bacia Hidrográfica do Meia Ponte que estabelece quais medidas devem ser tomadas de acordo com o nível que o rio alcança. Como a vazão está menor do que 3 mil litros por segundo, o nível crítico em que o rio se encontra é o 3.
Para esse nível, a deliberação prevê reduzir em 50% a água captada, exceto quando for para abastecimento doméstico e para criação de animais.
A secretária afirma que, a partir de segunda-feira, o Governo de Goiás vai entrar em contato com os proprietários de barragem na região e pedir para que fiquem em alerta. Se for necessário, a Semad solicitará que eles façam uma liberação controlada de água para dar suporte ao abastecimento da região.