Goiás tem boas perspectivas para o comércio exterior
O superintendente executivo de Comércio Exterior da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED), William O’Dwyer, fez um breve balanço das ações executadas pelo Governo de Goiás no sentido de fortalecer as relações comerciais do Estado com outros países. Em entrevista, William O’Dwyer destaca importância do processo de internacionalização da economia goiana, liderado pelo Governo do Estado, e destaca bons resultados obtidos em 2015
Goiás fechou 2015 com saldo positivo no que diz respeito ao comércio exterior?
William O’Dwyer – Muito boas. No meio de notícias menos agradáveis no país, nós podemos dizer que, em Goiás, o comércio exterior fechou bem o ano de 2015 e tem boas perspectivas para 2016. Goiás vendeu mais do que comprou: 2,5 bilhões de dólares. Isso aí vem acompanhado de 23 meses só de resultados positivos. Exportações de quase 6 bilhões de dólares e importações de 3,5 bilhões de dólares, o que nos proporcionou esse saldo.
Quais ações realizadas pelo Governo de Goiás, por meio da SED, contribuíram com este bom resultado?
O’Dwyer – Vários fatores contribuíram com o resultado. A “marca” Goiás, o “made in” Goiás como eu sempre faço questão de destacar , está cada vez mais aceito pelo mundo afora. Nós temos aí mais de 145 países parceiros e mais de novecentos produtos à disposição para nossas exportações. Temos também uma política de incentivo à exportação do governo, quer seja na atração de empresas ou no fortalecimento dessas empresas que hoje são nossas parceiras exportadoras. Estamos trabalhando com o Sebrae para estimular ainda mais as pequenas empresas a se inserirem no mercado exportador. Mantemos parceria com o governo federal através da Apex, com o Itamaraty. O governo Marconi Perillo-José Eliton foi aquele governo que mais investiu e investe na internacionalidade do Estado e isso tem dado esses resultados tão positivos. No ano passado tivemos a visita de 33 embaixadores a Goiás e tivemos contatos com mais de 30 embaixadas em Brasília. E esse tem sido o ritmo do comércio exterior. Outra coisa também que veio a contribuir positivamente foi a reativação oficial do comércio exterior que no passado foi uma secretaria, a Secomex, e hoje é uma superintendência executiva voltada especificamente para o comércio exterior. Por fim, a nossa intenção é, neste ano, empreender várias missões internacionais. O governador está planejando uma missão ao Oriente Médio e à Oceania, que inclui a Austrália e Nova Zelândia, justamente para buscar parcerias, incentivos e mostrar nossos produtos.
Sobre este missão, quais produtos poderiam interessar pra eles e quais os deles que nos interessam?
O’Dwyer – Deles queremos investimentos e parcerias. Agora, de nós pra eles, temos toda essa gama de commodities como carne, carne de frango, alguns cereais. São países de economia muito sólida. Com muito dinheiro à disposição para investimentos e para comprar produtos, desde o café que já exportamos até o ouro.
E o que Goiás tem buscado lá fora, mais são produtos farmoquímicos? Peças de automóveis?
O’Dwyer – Sim. Temos olhado o perfil de perto dos nossos investidores. E destacaria as indústrias farmoquímica e a automobilística, o que significa que a gente vai em busca de reforço nessas áreas. Fomos agora à Alemanha, que resultou na vinda de uma nova empresa para a fabricação de embalagens para os nossos produtos farmacêuticos. Também visitamos várias empresas na Bélgica e Holanda, oferecendo oportunidades na linha de autopeças. Hoje ocupamos o quarto lugar como polo automobilístico do país. Eu estive no ano passado na Tailândia, que é um dos maiores fabricantes e distribuidores de peças automotivas, convidando-os também para conhecer Goiás para que pudessem implantar indústria nessa área. É isso que temos procurado fazer, checar as necessidades de cada local e de cada setor para que possamos desenvolver os reforços.
Em momento de crise econômica o melhor caminho é trabalhar em busca de novas oportunidades, não é isso?
O’Dwyer – Trabalhar. Temos aqui uma equipe de comércio exterior muito preparada. O próprio governador e o vice-governador e secretário de Desenvolvimento, José Eliton, têm comandado as missões e, com isso, a gente procura vencer a crise nesse setor também porque as pequenas e grandes empresas tem o mesmo problema. E quando se incrementa as exportações, a geração de renda é grande, a manutenção de emprego é grande e quando vêm investidores internacionais, isso se potencializa. Na semana passada recebemos o ex-ministro da Economia da Espanha, que representa grandes grupos de investidores. Eles estão interessados em Goiás, ficam sabendo da pujança da nossa economia e da estabilidade política do Estado.