Fred Rodrigues e o jogo das pesquisas
Os levantamentos de intenções de voto são ferramentas importantes, mas distorções podem manipular o eleitorado e fragilizar a democracia
Em meio ao turbilhão de informações sobre a corrida eleitoral em Goiânia, os levantamentos de intenção de voto têm sido fundamentais para indicar tendências e oferecer um retrato do momento. No entanto, a confiabilidade de algumas dessas pesquisas merece atenção. É o caso recente do candidato Fred Rodrigues, que, de forma surpreendente e inesperada, apareceu em segundo lugar em uma pesquisa conflitante, destoando totalmente de outros levantamentos que o mantêm consistentemente em quarto lugar.
Fred Rodrigues, o “plano B” do PL, surgiu na disputa após a desistência de Gustavo Gayer, e sua presença na campanha tem se mostrado mais midiática do que política. Em debates, ele prefere o embate de ofensas e provocações, gerando conteúdo para as redes sociais, em vez de apresentar propostas concretas para os problemas de Goiânia. Essa estratégia pode lhe render seguidores, mas dificilmente conquistará eleitores conscientes e preocupados com o futuro da cidade.
A discrepância na pesquisa que o coloca em segundo lugar levanta questionamentos legítimos sobre a motivação por trás de tais números. Seria uma tentativa de criar uma falsa impressão de ascensão ou competitividade? Se sim, esse tipo de manipulação desonra o processo eleitoral e subestima a inteligência do eleitorado goianiense, que está atento aos verdadeiros desafios que a cidade enfrenta.
As pesquisas eleitorais, quando bem conduzidas, refletem a realidade de forma honesta, respeitando margens de erro e as oscilações naturais da campanha. Entretanto, quando usadas para distorcer a percepção pública, elas tornam-se instrumentos de propaganda, desviando o debate do que realmente importa: as propostas e soluções que cada candidato oferece.
No caso de Fred Rodrigues, fica claro que a tentativa de inflar sua relevância não condiz com sua postura nas discussões públicas nem com seu desempenho n