Dinheiro do contribuinte patrocina inexistente “carnaval de rua”, fora de época, na capital
Dinheiro do contribuinte patrocina inexistente “carnaval de rua”, fora de época, na capital,
Mesmo sem apresentar qualquer cultura carnavalesca, a Prefeitura de Goiânia abriu na noite desta quarta-feira,20, seu nada tradicional carnaval de rua com um concurso para escolha de rei momo, princesa e rainha. A eles caberá “a honrosa” tarefa de participar de desfiles e apresentações de “escolas de samba” em sete bairros da capital em programação iniciada na quarta-feira,20 e que se estende até o dia 24 d e abril.
O evento, organizado pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult) investiu, segundo o titular da pasta, Zander Fábio, 290 mil reais. A quantia foi reais, divida entre as escolas e o Bloco da Diversidade. Os valores, segundo informou o secretario, foram organizados de acordo com uma planilha de custo individual, contendo “ajustes de fantasias, manutenção de bateria, ensaios, pessoal artístico e apoio.” Além da estrutura do desfile, o custo cobriria carros, som e iluminação necessária para a “realização de um evento simples, mas com características de um carnaval de rua,” afirmou Zander.
O único bloco que entrou na brincadeira foi o Bloco da Diversidade, que, segundo a Secult, já estava organizado para acontecer no dia 24 de forma inédita na Capital. Mas a pasta ainda acena com outra ocasião quando pretende investir mais recursos do erário, organizando um encontro só com os blocos oficiais do Carnaval que focam na cultura popular. “Isso já é pauta e projeto dentro da gestão municipal, mas será realizado outro evento, em outro momento. O Bloco da Imprensa, por exemplo, integra o Carnaval dos Amigos, evento que somente tem o apoio da Prefeitura para a realização; tem venda de ingresso e abadá, diferente dos blocos populares atuantes nas comunidades periféricas.”
Sem explicar de que forma o recurso foi repassado para ” as escolas do movimento popular cultural da periferia, que tem tradição no Carnaval de Goiânia há anos”(palavras de Zander Fábio) ele ainda assegurou que as participantes foram escolhidas pela atuação no cenário antes da pandemia, seja “promovendo desfiles ou atuando na comunidade onde elas estão com atendimento social, prestação de serviço e apoio aos integrantes.” Então tá né?