Descuidos e descasos: Carnaval em Goiânia é marcado por incidentes e desafios
O tão esperado feriado de carnaval em Goiânia este ano tem sido marcado não apenas pela celebração, mas também por incidentes e preocupações que afetam diretamente a cidade e seus habitantes. Uma série de eventos recentes destacam questões críticas que merecem atenção
O carnaval promovido pela Prefeitura de Goiânia na Praça Cívica teve um desfecho inesperado na noite de segunda-feira (12), com relatos de pancadaria e tumultos. Embora ainda não se saiba exatamente o que desencadeou a confusão, vídeos compartilhados nas redes sociais mostram momentos de correria e tensão. Apesar dos esforços da Guarda Civil Metropolitana (GCM) para garantir a segurança dos foliões, a situação revela a necessidade de uma revisão nas medidas de controle e prevenção durante os eventos carnavalescos na região central da cidade.
Ao mesmo tempo, apesar da proliferação da dengue e do cancelamento do carnaval em diversas cidades de Goiás por conta da doença, a capital não interrompeu suas festividades. Essa decisão levanta preocupações adicionais sobre o potencial aumento da propagação da dengue, especialmente considerando que o estado já declarou situação de emergência em saúde pública devido ao aumento alarmante de casos suspeitos. Com 56 municípios em estado de emergência devido à doença, as autoridades de saúde enfatizam que o acúmulo de resíduos durante as festividades de carnaval pode agravar ainda mais a situação, facilitando a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Essa realidade é ainda mais preocupante dada a falta de conscientização e colaboração por parte dos cidadãos e os descartes irregulares da Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg).
Enquanto isso, no último ano de seu mandato, o prefeito Rogério Cruz continua a evidenciar seu descaso em relação às obras públicas, com destaque para o BRT Norte-Sul, uma fonte constante de indignação e frustração entre os moradores. Apesar da promessa de conclusão e entrega até o final do ano passado, o projeto enfrenta seu décimo adiamento desde 2014. Este atraso não só prejudica a mobilidade urbana, mas também resulta em desperdício de recursos públicos e interrupções nas atividades de restauração na Praça Cívica, incluindo o Palácio das Esmeraldas.
Essa situação levanta questionamentos sobre as prioridades do prefeito, visto que o investimento de recursos públicos em festas e shows parece ter mais relevância para sua reeleição do que a finalização de obras inacabadas que impactam diretamente a população.
