[Crise na OAB] Lúcio Flávio está a cada dia mais isolado na Ordem

Advogada experiente e respeitada, a professora Manoela Gonçalves deixa a Comissão da Mulher Advogada e cresce a oposição
Perdeu força o discurso de Lúcio Flávio e seus apoiadores de que a Oposição na OAB/GO contra sua gestão é fruto de um pequeno grupo, tratado por “meia dúzia” de insatisfeitos formados por advogados sem renome e expressão eleitoral.
Agora foi a vez da advogada Manoela Gonçalves Silva deixar a presidência da Comissão da Mulher Advogada e liderar a frente de Oposição à gestão e ao presidente Lúcio Flávio.
Advogada, professora universitária, mestre em direito empresarial,doutora em ciências jurídicas sociais pela UMSA Bueno Aires – Argentina. Foi Diretora da ESA – 1991, Diretora Secretaria Adjunta da OAB- 1996, Conselheira da OAB-Go 2002, com 33 anos de advocacia e magistério, advoga na área cível; bancária, empresarial.
Manoela, que leciona há décadas na PUC/GO, é militante na OAB/GO, principalmente em defesa e valorização da “mulher”, reforça a oposição, e deixa a gestão de Lúcio Flávio sobre a alegação de que o presidente “não cumpre a carta programa” e administra a OAB/GO de “forma ditatorial”.
“Ele não aceita ser questionado” e apresenta “atitudes ditatoriais, de intolerância à discordância e de esvaziamento das comissões”, afirma a advogada.
O rompimento de Manoela Gonçalves foi reverenciado e aplaudido por centenas de advogados em evento fechado e contou com as presenças do Conselheiro Federal Leon Deniz e do ex-presidente da OAB/GO Enil Henrique, além de Conselheiros e líderes da advocacia.
Professora, como Lúcio Flávio, advogada militante e conhecida, por ser uma líder na OAB/GO, Manoela Gonçalves engrossa o caldo de oposição a gestão da instituição que já sofre com desgaste e falta de credibilidade de seus membros.
Para o Conselheiro Waldemir Malaquias, a renúncia da presidência da Comissão da Mulher Advogada mostra a fragilidade da gestão de Lúcio Flávio e comprova que a Oposição à gestão da OAB/GO aumenta a cada mês, em essência e valor. “Manoela é uma advogada respeitada, líder classista e professora conceituada – e possui todos adjetivos que tem faltado no curriculum e nas atitudes de Lúcio Flávio”, afirmou o Conselheiro.
Carla Zanini, Conselheira e advogada trabalhista, manifestou que Manoela é um exemplo de mulher, profissional, companheira, aguerrida, e sempre coerente na representação não só das Mulheres Advogadas, mas de toda a classe. “Tem história, trajetória, e para aqueles que desconhecem ou 'se esqueceram', segue o mini trajeto profissional e classista da guerreira”.
Zannini disse que a carta de renúncia explanou com a coerência de sempre e seus motivos. Afirmou ser impossível compactuar com falta de respeito, diálogo, transparência, e panelas.
Concluiu dizendo que “A OAB deve representar a classe, e o respeito começa dentro da instituição, e infelizmente tão logo a gestão foi empossada, rasgaram a carta programa, destituíram a comissão de orçamento, perseguem colegas valorosas com processos de sindicância, ditam as ordens e quem diverge está fora”.
Membros da gestão de Lúcio Flávio lamentaram nas redes sociais e disseram que “A OAB perde muito com a renúncia da Presidente e grande liderança Manoela”.