
Estamos próximos da maior festa popular do Brasil, o Carnaval, que além da alegria contagiante dos foliões nas ruas, podemos observar é que apenas ele – o lixo traz um impacto ambiental, com a geração e descarte em locais públicos, e que após a folia do Rei Momo, não sobra apenas a quarta-feira de cinzas, mas, sim, o acúmulo de um alto volume de lixo em ruas, o que demanda um serviço especial de varrição, limpeza de vias públicas, manejo e a destinação final.
Para ter-se uma ideia, desta geração de lixo no Carnaval pode chegar a rios, cachoeiras e mares, trazendo um grande impacto ao meio ambiente e à saúde. Os principais resíduos, do carnaval são desde papel, filtro de cigarros, embalagens pet e de alimentos, plástico, coco verde e chicletes que podem entupir bueiros, dificultando o escoamento das águas pluviais e provocar alagamentos e enchentes até nylon, metal, enfeites, fantasias, adereços que persistem no meio ambiente. Dados sobre a decomposição de materiais destacam a gravidade do problema. O plástico persiste por 400 anos, o vidro mais de mil anos, o filtro de cigarros, mais de 5 anos, o nylon mais de 20 anos, o metal mais de 100 anos, o papel de 03 a 06 anos, o coco verde até 12 anos, chicletes 5 anos e a borracha com tempo indeterminado.
Definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um problema de saúde pública, o resíduo gera doenças, incêndios a grandes impactos ambienteis com os processos de coleta: de barulho a gases emitidos pelas frotas. Afinal, esta questão está presente em todas as cidades do Brasil durante o Carnaval, e sempre se intensifica nesta época. Abordar essa questão torna-se uma parte essencial dos esforços para promover práticas mais sustentáveis neste período.
O lixo é o vilão em qualquer discussão, quando, na verdade, o problema é uma questão de responsabilidade das iniciativas pública e privada, e em especial de responsabilidade individual, no pensar o Eu, na consciência coletiva, em nome da saúde e qualidade de vida de todos, pois, fazer a nossa parte na hora do descarte é onde tudo começa. Em Goiânia, a população conta com a Comurg, que legalmente é a entidade responsável pela varrição e coleta de resíduos das vias onde ocorreu as festividades de Carnaval.
Por Bruno Queiroz