AstraZeneca encerra produção da vacina contra Covid-19 alegando excesso de oferta, mas verdadeira razão é revelada
Empresa farmacêutica encerra produção global da vacina após admitir judicialmente a gravidade de efeito adverso, enquanto famílias buscam indenização por mortes e ferimentos graves.

A gigante farmacêutica AstraZeneca anunciou nesta terça-feira (7) o encerramento da produção e distribuição da vacina contra a Covid-19 em todo o mundo, alegando um suposto excesso de oferta no mercado. Segundo a empresa, a disponibilidade de outras vacinas contra a Covid-19 e suas variantes teria reduzido a demanda pelo imunizante.
Entretanto, a verdadeira razão por trás desse movimento foi revelada após a empresa admitir judicialmente a gravidade de um efeito adverso extremamente raro associado à vacina. A síndrome, conhecida como Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (STT), é caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos com baixos níveis de plaquetas no sangue.
A AstraZeneca enfrenta atualmente 51 casos de mortes ou ferimentos graves relatados por famílias à Justiça, alegando que seus entes queridos foram vítimas da STT após receberem a vacina. Em uma ação coletiva, essas famílias buscam indenizações que podem chegar até 100 milhões de libras (aproximadamente R$ 646 milhões).
Apesar da contestação por parte da empresa, que alega que a STT pode ter outras causas mais prováveis, o movimento de encerramento da produção da vacina é uma resposta direta às preocupações crescentes sobre a segurança do imunizante.
A AstraZeneca afirmou que a segurança dos pacientes é sua maior prioridade e que as autoridades reguladoras possuem normas rigorosas para garantir o uso seguro de todos os medicamentos, incluindo vacinas. Entretanto, o encerramento da produção da vacina contra a Covid-19 indica uma reviravolta significativa nas políticas da empresa, que agora enfrenta não apenas desafios legais, mas também uma crise de confiança pública.
Enquanto isso, especialistas alertam para os riscos da trombose, um grave efeito colateral que pode ocorrer não apenas após a vacinação, mas também como uma complicação em pacientes recuperados da Covid-19. Com a Fiocruz relatando que 6,2% dos sobreviventes no Brasil desenvolvem trombose após a recuperação da doença, a atenção para os potenciais riscos associados à vacinação e à doença em si continua sendo uma preocupação de saúde pública.