3 prefeitos e nenhum governou
Ausência de liderança real marca o início da gestão de Sandro Mabel

Com pouco mais de 100 dias da nova gestão, Goiânia viveu uma situação insólita: teve três prefeitos diferentes ocupando a cadeira do Paço — e nenhum deixou marca. Enquanto o titular, Sandro Mabel, embarcava para a Itália, a cidade ficou nas mãos do presidente da Câmara, Romário Policarpo, e, antes dele, da vice, Coronel Cláudia. Esta última, aliás, teve passagem tão discreta que lembrou a célebre frase de Michel Temer sobre seu papel como vice: “decoração”.
O vazio de comando começa a incomodar até aliados. No plenário da Câmara, críticas duras vieram de vereadores da própria base. Lucas Vergílio (MDB) foi direto ao ponto: “Enquanto Goiânia enfrenta problemas urgentes e a população espera por soluções concretas, o prefeito decidiu embarcar em uma viagem para a Itália.” Tião Peixoto (PSDB) e Rose Cruvinel (União Brasil) engrossaram o coro, apontando falta de diálogo com o secretariado e ausência de ação concreta por parte do Executivo. O saldo dos primeiros 4 meses de gestão? Muita troca de cadeira e pouca entrega.