Goiânia

Câmara Municipal discute casos de afogamento de crianças em Goiânia

O presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara Municipal de Goiânia, vereador Emilson Pereira, realizou hoje, 21, na Câmara Municipal de Goiânia, audiência pública sobre os recentes casos de afogamento de crianças. Segundo dados do Corpo de Bombeiros, de janeiro a setembro deste ano, foram atendidas 19 ocorrências de afogamento de crianças no Estado, sendo sete delas em Goiânia e região metropolitana.
Durante o evento, foram levantadas medidas de prevenção para que não aconteçam novos casos. Participaram das discussões o coordenador da Defesa Civil de Goiânia, Francisco Oliveira; o delegado de Apuração de Atos Infracionais (DEPAI), Queops Barreto; a delegada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Ana Elisa Gomes; representantes da Secretaria Municipal de Educação, Angelina Carlos Costa; do Samu, Jonci de Freitas Vieira; e do Sindicato dos Condomínios e Imobilárias (SECOVI),  Ronan Abreu Reis, Ulisses Soares e Darci Moreira de Lima.
De acordo com o Ministério da Saúde, 17 pessoas morrem afogadas todos os dias, sendo que três delas são crianças.  No Brasil, o afogamento é a segunda causa de morte de crianças entre 5 e 14 anos.  Para o vereador Emilson Pereira, a sociedade não pode ficar de mãos atadas diante deste cenário. “Precisamos agir e cobrar das autoridades competentes soluções, afinal, os casos de afogamentos podem ser prevenidos. Acredito que, com a ajuda de todos, conseguiremos implantar medidas para que nossas crianças possam se divertir com segurança”.
A delegada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Ana Elisa Gomes, alerta que não é preciso ter uma piscina em casa para que aconteçam ocorrências de afogamento de crianças. “Tem casos de crianças que morreram afogadas em balde e em banheira. Tomou banho, deixou um pouco de água, a criança deitou na banheira e morreu afogada. Não é preciso que isso aconteça de novo para voltarmos a debater o assunto”.
Para o coordenador da Defesa Civil de Goiânia, Francisco Oliveira, os condomínios precisam investir mais em segurança nas áreas de lazer, mesmo que isso aumente os custos. “É oneroso para o condomínio ter piscina, não sai barato. Quando fala de medida de segurança, não é só medida física, precisa ter uma pessoa treinada, preparada, e que tenha tranquilidade para agir em situações de desespero”, defende.
Angelina Costa, representante da Secretaria Municipal de Educação, afirma que os espaços públicos que possuem piscinas, como clubes e condomínios, devem implantar dispositivos de alerta para evitar os casos afogamentos. “Caso a pessoa caia na piscina de forma acidental, existem dispostivos sonoros que podem ser acionados em alerta. Existem várias situações que podem ser colocadas em ação e que precisam ser cobradas destes espaços”.
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