Marido de Lêda Borges faz rolo no PL e deixa vereador Alceu de fora
Um dos fatos intrigantes na coligação de Lêda Borges é a divergência que se tornou pública entre o vereador e ex-presidente da Câmara, vereador Alceu Gomes (PL) e o presidente do partido, esposo de Lêda, a candidata a prefeita – Francisco Carvalho Martins.
A Convenção do PL do dia 16 de setembro não aprovou o nome do candidato com mandato, Alceu Gomes como candidato e o pedido de Registro de candidatura realizado de forma errônea: é o que aponta o Ministério Público Eleitoral.
Isso porque, bastava a aprovação em ATA, mas o PL não cumpriu com Alceu que ao deixar o DC, migrou para a sigla para ser candidato a vice de Lêda Borges. Sem ser vice, nem vereador, Alceu ficou de fora de toda estrutura política de Lêda Borges. O deslize jurídico veio com assinatura de Francisco Martins, esposo de Lêda Borges e de Jordame Alves dos Reis Barbosa, que é investigado por locação de veículos para a Assembleia Legislativa na Verba de Gabinete, mas que exerce atividade política no município.
Manifestação do MP _Alceu_ Indeferimento _Ausência Escolha Convenção(1)
DESLIZE JURÍDICO
Não é a primeira vez que Lêda Borges vem perdendo na Justiça Eleitoral. Em recente decisão, o TRE/GO reconheceu fraude do PL na filiação do candidato do MDB, Francisco Ribeiro, com o lançamento indevido de sua filiação. O caso foi parar na Polícia Federal.
Não obstante conste dos autos do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários do Partido Liberal –PL, autos nº 0600496-22.2020.6.09.0033 a ata da convenção, não há confirmação de que o requerente tenha sido escolhido pelo partido como candidato a vereador, sendo esta uma condição de elegibilidade que, uma vez não cumprida, obsta o deferimento do pedido de registro respectivo.
A tese de substituição da candidata Katia Sirlene de Santana não colou. Ao trocar “substituição” por “vaga remanescente” é um dos muitos erros básicos da coligação de Lêda, mas ainda não é possível mensurar se foi mesmo falta de conhecimento jurídico dos “renomados advogados de Lêda Borges” ou incidência proposital do PL em deixar Alceu Gomes de fora.
O Ministério Público já se posicionou pelo indeferimento do vereador Alceu Gomes, que pode ficar sem mandato.
Fato é que todos os candidatos do PL foram deferidos, menos o vereador Alceu que, ainda, amarga a falta de estrutura não oferecida por Lêda Borges.