Coluna

Pagamentos invisíveis potencializam as vendas no e-commerce

Por: Ralf Germer.

Se eu te perguntasse se você já fez um pagamento invisível nos últimos dias, quanto tempo demoraria para me responder? Essa transação financeira está inserida de forma tão natural na nossa rotina que sequer percebemos que estamos comprando algo sem ter contato com dinheiro, cartões, nem preenchendo dados pessoais. Dentre os exemplos mais comuns, destaco os aplicativos de transporte (Uber e 99), de alimentação (iFood e Rappi), serviços de streaming (Netflix e Spotify) e pagamentos automáticos em pedágios (Sem Parar e Conect Car).

Com o dinamismo do mundo digital, os e-commerces precisam estar em constante atualização. Uma vez que a jornada de compra dos usuários envolve muitos fatores antes do pagamento, reduzir as barreiras é fundamental para melhorar a experiência dos usuários. Segundo estudo da Moosend, plataforma de automação de marketing, 28% dos abandonos de carrinho são ocasionados por processos de checkout longos e complicados. Ou seja, é necessário otimizar essa etapa para potencializar as vendas e aumentar as conversões no online.

Uma das maneiras de reduzir a fricção no comércio eletrônico é oferecer métodos de pagamentos diferenciados: lojas que já disponibilizam alternativas imperceptíveis e fluídas saem na frente da concorrência, já que o cliente simplesmente seleciona o produto que deseja, coloca na sacola e clica no botão comprar, sem ter que fazer mais nada depois. Isso é possível graças à tokenização, tecnologia que armazena informações por meio da criptografia após o cliente cadastrar a opção de pagamento preferido na primeira compra.

Daqui para frente, perceberemos cada vez mais cobranças realizadas de forma automática, representando o exponencial crescimento das transações imperceptíveis. Ainda que os pagamentos invisíveis, também chamados de transparentes, sejam mais usuais com cartões de crédito, débito e carteiras digitais, devemos ficar de olho no Pix, que já é um pagamento instantâneo e sem fricção. Com as novas funcionalidades previstas para 2021 – como o Pix Cobrança e o Pix Garantido – ele tem tudo para se tornar a mais completa plataforma de pagamentos disponível no país.

Justamente por não requerer nenhum contato ou atrito no ato de pagar, consumidores brasileiros ainda têm um certo receio quanto a utilização dos pagamentos invisíveis por questões relacionadas à segurança e verificações. No entanto, ressalto que com os avanços tecnológicos, diversas empresas do setor estão desenvolvendo soluções capazes de monitorar e identificar fraudes e engenharias sociais em tempo real.

Do lado do usuário, ter acesso a meios de pagamentos diversos no momento do checkout é fundamental para a agilidade da compra. Já para os comerciantes, os meios de pagamento são ainda mais relevantes, pois podem resultar no aumento de conversão. Os e-commerces têm um caminho esplêndido e brilhante pela frente, mas ainda existe um potencial espaço de melhora. Nos próximos anos, teremos uma convergência mais expressiva entre o mundo físico e digital, de modo que as compras, pagamentos e entregas dos dois cenários estarão totalmente interligados. Estou ansioso pelo que vem pela frente.

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