“Sandro Mabel Foca em Terceirizar Educação, Mas Esquece os Moradores de Rua: Cadê a OS Para Transformar Vidas?”

Enquanto o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, movimenta esforços para terceirizar a gestão da educação infantil, algumas perguntas importantes ecoam pela cidade: onde estão as ações concretas para resolver questões realmente urgentes, como a situação alarmante dos moradores de rua? Com centenas de pessoas vivendo ao relento, enfrentando fome e falta de oportunidades, o mínimo que se espera de uma gestão pública é um plano prático e humanitário. E não seria coerente aplicar o tão propagado modelo de terceirização para trazer dignidade e esperança a esses cidadãos invisíveis?
A cidade veria com bons olhos uma OS dedicada a transformar vidas, auxiliando os moradores de rua com ações que realmente integrem e preparem essas pessoas para o mercado de trabalho. Casas de acolhimento, cursos profissionalizantes e programas focados na reinserção social seriam gestos que iriam além de discursos vazios. Mas, em vez disso, a atenção parece voltada para entregar o futuro das crianças goianienses a interesses que nem sempre visam o impacto social, mas o lucro sem compromisso.
Uma Goiânia que abandona quem mais precisa
Enquanto praças, calçadas e esquinas viram morada de tantos que já perderam tudo, como é possível que a prioridade da gestão seja terceirizar a educação infantil e ignorar aqueles que sequer têm onde morar? É impossível ignorar a falta de ações significativas para os moradores de rua que, dia após dia, são tratados como problemas invisíveis.
O modelo de terceirização mencionado por Mabel poderia, sim, ser usado para beneficiar essas pessoas. Um plano estruturado que envolvesse empresas e organizações sociais para:
Oferecer moradia temporária e progressivamente garantir casas permanentes.
Trazer cursos profissionalizantes e ocupacionais que os preparem para o mercado de trabalho.
Fornecer assistência psicológica, social e de saúde para reconstruir vidas abaladas pela marginalização.
Fazer parcerias governamentais e privadas para criar oportunidades reais de emprego.
Por que investir nos invisíveis é transformar a cidade?
Se um modelo eficiente fosse aplicado para cuidar dos moradores de rua, não seria apenas um ato de solidariedade, mas uma transformação social profunda. Trazer estrutura, dignidade e oportunidades para essa população é ensinar a pescar, em vez de somente dar o peixe. Goiânia tem exemplos no passado que ilustram esse tipo de liderança.
Basta lembrar do saudoso ex-prefeito Nion Albernaz, que sempre teve um olhar atento para áreas sociais e deixou um legado marcado por responsabilidade com os menos favorecidos. Nion acreditava que não era suficiente vestir uma cidade com obras e publicidade – era preciso cuidar daqueles que vestiam a cidade com sua alma, sua força de trabalho, seu futuro.
Soluções reais são mais importantes que discursos vazios
Fica o apelo: enquanto Sandro Mabel insiste no projeto de terceirizar a educação infantil, será que não há espaço para priorizar quem está literalmente caído nas calçadas da cidade?
Aplicar a terceirização para dar dignidade aos moradores de rua pode ser difícil, pode não gerar votos imediatos, mas é o tipo de medida que transforma vidas e deixa um legado verdadeiro. Mais do que privatizar serviços, Goiânia precisa de liderança humanitária, e não de uma gestão focada em números e contratos.
Prefeito, a história cobra
Sandro Mabel ainda tem tempo para mudar o rumo de sua gestão. Que tal parar de seguir o manual do lucro e começar a escrever um manual de empatia? Goiânia não precisa apenas de eficiência administrativa. Goiânia precisa de alma. Os milhares de moradores de rua aguardam por algo além do silêncio e do abandono.
E aí, prefeito, vai continuar terceirizando sonhos ou vai começar a transformar vidas? A escolha é sua. O resultado será da história. E da população.