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O teatro político de Paulo Daher: desespero ou estratégia de Vanderlan?

Atitude do senador pré-candidato parece ser menos sobre construir alianças genuínas e mais sobre criar uma ilusão de apoio

 

Vanderlan Cardoso e Paulo Daher – Foto: Reprodução

Na reta final das convenções eleitorais, o ex-vereador Paulo Daher (PP) protagonizou um espetáculo político que, para muitos, parece um ato pensado e coordenado pelo senador e pré-candidato a Prefeitura de Goiânia, Vanderlan Cardoso (PSD). A pergunta é: uma jogada estratégica ou só o desespero?

Paulo Daher, ao ser indicado como vice na chapa de Vanderlan Cardoso, atraiu os holofotes da mídia. A convenção não vinha chamando atenção da imprensa, devido à falta de apoiadores ou perspectiva de alguma mudança no cenário da candidatura do senador.  Mas a jogada também lançou mão de uma narrativa de perseguição que pouco convence os mais atentos aos bastidores políticos de Goiânia – Quando o apoio do PP e indicação para vice forem barradas (já ocorreu), o pessedista vai dizer que a base governista atua para atrapalhar suas alianças. É para sentir dó?

A estratégia de Vanderlan parece ser menos sobre construir alianças genuínas e mais sobre criar uma ilusão de apoio, ainda que efêmero. O PP, afinal, já havia declarado seu apoio a Sandro Mabel, candidato alinhado com a base caiadista. Portanto, a decisão de Daher de inscrever seu nome como vice de Vanderlan na ata da convenção soa como um movimento impulsionado por interesses obscuros, afastados da verdadeira lealdade política.

Essa manobra rapidamente chamou a atenção dos líderes do partido, resultando na impugnação da ata. Mesmo diante do risco evidente de anulação, Vanderlan Cardoso insistiu em anunciar Paulo Daher como seu vice. Essa atitude levanta questões sobre a seriedade de sua campanha: seria essa uma tentativa desesperada de preencher a vaga de vice, uma manobra para causar tumulto no processo eleitoral, ou apenas mais um capítulo na saga do “coitadinho perseguido”?

A decisão de Vanderlan, longe de fortalecer sua campanha, gerou constrangimento entre os membros do PSD. Afinal, o nome de Paulo Daher não era a primeira escolha de muitos dentro do partido, incluindo o próprio senador que teve sua candidatura confirmada na noite de domingo (05/08). Isso expõe a fragilidade e a falta de coesão interna da campanha de Vanderlan, que busca apoio sem critério ou convicção.

Além disso, a situação colocou o PP em uma posição desconfortável. O partido ocupa cargos na gestão do prefeito Rogério Cruz (SD), que já recebeu promessas de apoio. A presença de Millene Baldy, irmã de Alexandre Baldy e Joel Baldy, como secretária de Educação da capital, ilustra a influência do PP na administração municipal. Além disso, os irmãos ocupam cargo no governo estadual – Agehab e Secretaria de Indústria e Comércio, respectivamente. Esse cenário torna a jogada de Vanderlan e Daher ainda mais questionável, ameaçando a estabilidade de alianças previamente estabelecidas.

O teatro de Daher e Vanderlan levanta dúvidas sobre suas verdadeiras intenções e coloca em xeque a integridade de suas campanhas. Em um ambiente político onde lealdade e coerência são essenciais, as ações do senador destacam-se como um lembrete de que nem sempre a busca por visibilidade resulta em ganhos políticos reais.

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