Mulher que chegou da China há quatro dias está com suspeita de coronavírus, em Belo Horizonte
Sempre existe uma preocupação quando um novo vírus surge. Afinal, a população não tem imunidade e ainda não existem tratamentos ou vacinas específicas. Passageiros de voos chineses que desembarcam em aeroportos dos Estados Unidos já estão passando por uma filtragem e sendo submetidos a exames. Esse novo coronavírus causa complicações respiratórias e nunca tinham sido detectados em seres humanos.
A indústria farmacêutica tem investido alto para acompanhar as demandas que vem surgindo pelo mundo. “Segundo os cálculos do Tufts Center for the Study of Drug Development dos Estados Unidos, o gasto médio com Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) de novos medicamentos gira em torno de USS 1,2 bilhão a USS 1,8 bilhão”, explicou o empresário do ramo farmacêutico, Valter Luís Macedo de Carvalhaes Pinheiro. Ainda assim, situações de surtos como esse da Ásia acontecem e fazem com que a comunidade global se mobilize em busca de solução.
Especialistas ingleses, do centro de pesquisas na Imperial College de Londres, que estão acompanhando o caso não acreditam nos números divulgados pelas autoridades chinesas e apostam em mais de mil infectados em todo o mundo. “Para que Wuhan exporte três casos para outros países, deve haver muito mais casos do que os anunciados”, explicou à BBC o professor Neil Ferguson. “Estou muito mais preocupado do que há uma semana”, lamentou.
Entre 5% e 10% dos adultos e de 20% a 30% das crianças de todo o mundo contraem gripe todos os anos, e entre eles morrem de 290 mil a 650 mil. Diante desses números da Organização Mundial da Saúde (OMS), especialistas chineses pedem a cooperação mundial para prevenir e controlar os surtos de gripe. O apelo foi reforçado pelo presidente chinês, Xi Jinping, que se pronunciou pela primeira vez sobre o surto nesta segunda-feira (20/01) e exigiu que o vírus seja “completamente contido”.