Governo lança a Radiografia do Agro em Goiás
Reunindo dados estatísticos, mapas e informações da produção agropecuária goiana, elaborados por fontes oficiais de pesquisa, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), lança nesta segunda-feira, 11 de maio, a primeira edição da Radiografia do Agro em Goiás. A publicação traz informações, de forma clara e objetiva, sobre características gerais dos estabelecimentos rurais e dos produtores do Estado, assim como dados de infraestrutura, crédito, agroindústria e sobre as principais culturas da produção vegetal, frutas, silvicultura e produção animal.
A Radiografia do Agro em Goiás é lançada nas versões português e inglês. O levantamento de informações foi realizado pela Superintendência de Produção Rural Sustentável da Seapa, por meio da Gerência de Inteligência de Mercado. A edição e a diagramação ficaram a cargo da Comunicação Setorial da Secretaria.
De acordo com o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, a publicação vem preencher uma lacuna, até então existente, de informações qualificadas sobre o setor produtivo rural no Estado. “A Radiografia do Agro em Goiás traz recortes a partir das principais bases de dados do setor e mostra para a sociedade o que o nosso agro faz e representa. Ter dados qualificados, nesse sentido, que sejam capazes de apresentar um panorama de toda a produção, não apenas revela a força do setor agropecuário, como nos permite entender a dinâmica de produção do Estado. Assim é possível ficar claro qual é a aptidão de cada região para determinada atividade agropecuária e assim pensar em formas de melhor beneficiar e valorizar os municípios”, avalia.
Ainda segundo Antônio Carlos, esse tipo de informação organizada pode servir como diagnóstico para melhorias do setor a serem promovidas tanto pelo setor público, quanto o privado, incluindo o próprio produtor rural. “São dados que podem nortear políticas públicas, corrigir assimetrias e promover ações cujos impactos se traduzam na melhoria do desenvolvimento regional, crescimento da economia, geração de emprego e renda”, explica. “Mais do que isso, também é instrumento para a tomada de decisão do próprio produtor rural, de cooperativas, investidores, empresários e empreendedores – da porteira para dentro e da porteira para fora”.
Dados
As estatísticas informadas no documento reúnem dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Ministério de Economia e Banco Central (Bacen). Segundo os dados da Radiografia, o Estado possui 152.174 estabelecimentos rurais, nos quais 101.176 deles são dirigidos por produtores que residem no imóvel. Sobre o uso da terra, 57,1% são usados para pastagens, 20,1% para matas e florestas e 18,7% para lavouras.
Outros dados apresentados mostram ainda, por exemplo, que a participação feminina na gestão dos estabelecimentos rurais cresceu de 9,4%, em 2006, para 14,8%, em 2017. E que também cresceu a escolaridade dos produtores que dirigem os estabelecimentos, especialmente aqueles com nível superior, que passaram de 8.687, em 2006, para 21.902, em 2017 (aumento de 152,1%).
Entre as informações destacadas sobre a produção vegetal, aparecem estatísticas das culturas de cana-de-açúcar, soja, milho, tomate, sorgo, feijão, mandioca, batata-inglesa, cebola, arroz, algodão, trigo, alho, girassol, café e palmito. Na parte relacionada à fruticultura, levantamentos sobre produção no Estado de melancia, banana, laranja, abacaxi, tangerina, maracujá, coco-da-baía, goiaba, limão, uva, pequi, mamão, jabuticaba, abacate e manga.
Referente aos dados da silvicultura, a publicação informa sobre floresta plantada, borracha, carvão, lenha e madeira em tora. Já em relação à produção animal, traz dados sobre rebanho bovino, leite, aves, ovos, rebanho suíno, aquicultura, apicultura e lã.