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Comunidade Kalunga do Tinguizal recebe o programa Goiás Social e pauta a valorização da cultura e do território

O programa Goiás Social chega à comunidade Kalunga do Tinguizal, localizada no município de Monte Alegre de Goiás, região nordeste do estado, na próxima terça-feira, 19 de abril. A comunidade será beneficiada com a oferta de mais de 750 vagas em cursos profissionalizantes, que serão ministrados durante um período de cerca de dois meses e meio. Os Kalungas do Tinguizal são os primeiros do estado a terem acesso a esses serviços dentro do seu próprio território.

Serão ofertados cursos nas áreas da agricultura, como agroecologia, doces e compotas, plantas e ervas medicinais, assim como cursos de modelagem e costura, biojoias, marketing digital, empreendedorismo e informática básica. Os cursos ofertados foram selecionados de acordo com as oportunidades próprias da região, a possibilidade para abertura de novas áreas de atuação e os interesses do grupo.

A comunidade Kalunga do Tinguizal foi uma das que sofreu com as enchentes que assolaram a região nordeste do estado em dezembro de 2021 e agora luta por novas oportunidades de atuação e geração de renda, um objetivo que condiz com a atuação do programa Goiás Social. Gerenciado pelo Gabinete de Políticas Sociais (GPS), em parceria com a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), o programa foi lançado em junho de 2021 e, desde então, o programa realiza ações para a superação de carências sociais em diferentes municípios do estado.

Tuya Kalunga

    Dentro da comunidade Kalunga do Tinguizal existe o coletivo Tuya Kalunga, grupo formado por mulheres que desejam produzir uma moda ligada à sua ancestralidade e cultura. As participantes do coletivo trabalham com quatro máquinas de costura doadas, uma diferente da outra, as quais tiveram de aprender a lidar por conta própria, mexendo, tentando, errando e acertando.

Agora, com a oferta de um curso de modelagem e costura, as integrantes do coletivo têm a oportunidade de profissionalizar a sua produção, sem deixar de lado as características que tornam a sua moda única. “A nossa história está centralizada na costura, nos acessórios e no empoderamento da mulher Kalunga. A marca Tuya Kalunga não é apenas roupa em si, é cuidado que a gente tem com as mulheres Kalunga”, destaca Maria Helena, a representante do coletivo.

A transformação social na comunidade Kalunga do Tinguizal não para na oferta de cursos profissionalizantes, com a garantia de estrutura e materiais adequados para o aprendizado. O coletivo Tuyas conquistou um ponto de venda na Rua 44, um dos maiores polos de vestuário do país e, graças a esse avanço para a sua atuação, a comunidade também terá acesso a treinamentos e cursos ligados à área do empreendedorismo e do marketing digital.

Visitas e reestruturação

    Os cursos ofertados à comunidade Kalunga do Tinguizal são fruto de uma parceria entre o GPS e a Retomada, com o apoio dos Colégios Tecnológicos do Estado de Goiás (COTEC), rede de ensino operacionalizada pelo Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia da Universidade Federal de Goiás (CETT/UFG).

Diferentes equipes do CETT/UFG visitaram a comunidade e analisaram as condições da localidade para sediar os cursos planejados. Foram realizadas pequenas reestruturações na rede elétrica e hidráulica da comunidade para garantir a oferta. Essas mudanças foram realizadas sem alterar a base estrutural da localidade, pois as estruturas erguidas na comunidade também fazem parte da historicidade dos Kalungas de Tinguizal e devem ser preservadas.

    Alethéia Cruz, diretora de Desenvolvimento e Avaliação do CETT/UFG, foi uma dessas visitantes e destacou a ligação dos Kalunga do Tinguizal e das Tuyas com o seu território como algo capaz de fortalecer a atuação do grupo e gerar novas oportunidades de atuação e renda, sem enfraquecer a sua cultura. “A beleza de tudo é perceber a força que essas mulheres têm em dizer ‘Queremos estar aqui, não queremos ser expulsas, queremos usufruir da nossa terra, explorá-la de forma diferente. Nós queremos ter outras opções para geração de renda e trabalho’”, descreve a diretora.

Imagens e vídeos

Créditos: Ana Ariza – CETT/UFG

https://drive.google.com/drive/folders/172GTZTlOOOxqeqSUl_ohGXNHk8jyWqEZ?usp=sharing

Jornalista responsável

Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia – UFG 

Vinicius Pontes

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Vinicius Pontes

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