Na manhã dessa quinta-feira (17) grande parte da população de Aragarças, no extremo Oeste de Goiás, ficou surpresa e revoltada. Isso porque ao procurar atendimento em dois postos de saúde do município não conseguiu uma vez que eles haviam sido fechados por fiscais da Superintendência de Vigilância em Saúde (SUVISA) da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás. A alegação é a de que a medida é em decorrência de uma determinação do Ministério Público em atendimento a uma denúncia apresentada por um vereador do município.
O prefeito de Aragarças, José Elias Fernandes, mostrou se surpreso e revoltado com a ação. “Esse é um ato de completa arbitrariedade e que lamentamos que ocorra num período após a ditadura. Não houve uma advertência, uma recomendação prévia para que as irregularidades alegadas fossem corrigidas. São medidas simples que podem adotadas. É importante o pleno funcionamento desses postos”. O prefeito lembra que o fechamento dos postos acontece em plena execução da campanha de prevenção ao sarampo e que a ação vai trazer sérios prejuízos à população. “Cada um dos postos atende em média 2.500 pessoas por mês. Tememos que outros postos e o hospital regional também sejam interditados, o que seria uma verdadeira catástrofe”.
Indignadas com o fato de não serem atendidas e de terem que se deslocar para outras unidades de saúde na busca de uma atenção médica, várias pessoas protestaram, demonstrando irritação, hipotecando apoio ao prefeito.
Diante do fato a Associação Goiana de Municípios (AGM) divulgou uma Nota Oficial em apoio à Prefeitura de Aragarças. Também defende “o uso do bom senso por parte das autoridades e dos órgãos fiscalizadores na aplicação da lei, colocando sempre em primeiro lugar os interesses da população. O diálogo deve prevalecer sempre”. A AGM ressalta que todas as prefeituras do país passam por dificuldades financeiras, o que exige uma maior compreensão por parte de todos.
