Com versão brasileira de Miguel Falabella e direção de Tadeu Aguiar, o espetáculo será apresentado na capital nos dias 12 e 13 de novembro, no Teatro Goiânia. A peça celebra os 60 anos de carreira da atriz e os 80 anos de vida
Casada, mãe de dois filhos, Shirley Valentim convive com o pior tipo de solidão: aquela que se sente mesmo estando acompanhado. Atire a primeira pedra quem nunca conversou com as paredes em uma situação como essa. É com elas que a protagonista divide suas angústias, relembra as situações inusitadas – e mesmo engraçadas – que marcam sua trajetória e busca entender onde foram parar seus sonhos. Shirley pode ser qualquer um de nós, mas ganha o corpo de Susana Vieira no monólogo Uma Shirley Qualquer, que chega à capital nos dias 12 e 13 de novembro, no Teatro Goiânia, às 21h e 19h, respectivamente, com a correalização do Sesc Goiás. Os ingressos estão à venda no site maisingressos.com e no Komiketo da Avenida T-4.
A montagem, que celebra os 60 anos de carreira da atriz, é uma nova leitura para o clássico Shirley Valentine, de Willy Russel, com versão brasileira de Miguel Falabella e direção de Tadeu Aguiar. Susana fez uma breve turnê nacional em 2016, chegando a São Paulo em 2017, com direção do próprio Miguel Falabella. Com o novo diretor, o espetáculo esteve no Rio de Janeiro, em outubro.
A peça traz essa protagonista solitária que decide conhecer a Grécia, ao lado de sua melhor amiga Wanda, sem a família, nem mesmo Joel, o marido controlador. Ela está cansada da indiferença do marido, cuja principal preocupação é saber se terá carne no jantar. Os filhos Milandra e Jorge cresceram e só lembram da mãe na hora dos problemas. Com o passar dos anos, no lugar da mulher cheia de anseios e vontade de viver, só resta aquela que se deixa levar por situações comuns do dia a dia, que nem de longe se parece com a figura que protagoniza as boas memórias que tem da juventude.
Quando Shirley Valentim transformou-se em uma Shirley qualquer? Atrás dessa resposta, ela cria coragem e embarca com destino à Grécia escondida de Joel. É um voo rumo à liberdade, à possibilidade de reencontro com a menina sonhadora e cheia de vida que Shirley foi um dia – uma divertida jornada ao encontro do seu verdadeiro eu.
“A protagonista fala do ser humano, daquele instante em que se percebe que o tempo passou e a vida ficou parada em alguma esquina. Mostra que nunca é tarde para recomeçar e tomar um bom vinho branco para encarar os fatos com leveza e bom humor, até quando tudo parece estar dando errado. Os dilemas de Shirley são tão dela quanto nossos e podem fazer parte da rotina de qualquer espectador”, ressalta o diretor Tadeu Aguiar.
O texto passeia pela comédia com muita sutileza, gerando uma identificação imediata do público. A versão de Miguel Falabella, assim como o original de Willy Russel, traz um olhar afetivo sobre o ser humano e as relações familiares. Com uma abordagem longe de estereótipos e personagens cheios de verdade e sede de vida, o espectador é levado da gargalhada ao nó no peito em segundos. “O humor é a forma mais verdadeira e humana de chegar ao coração das pessoas”, exalta Falabella.
O encontro de Susana e Shirley
Susana Vieira apaixonou-se pela peça à primeira leitura. “Quando Miguel me entregou o texto, fiquei encantada, fascinada pelo humor da personagem, pela força e coragem que ela tem de ir atrás da felicidade. Shirley vai à luta. Todas nós mulheres temos várias coisas dela, por mais diferentes que possamos ser”, conta. A atriz ressalta que, apesar da dureza da vida, Shirley jamais perde o bom humor. E, se as paredes são a companhia da personagem, Susana tem a plateia como confidente: “É um monólogo, mas não me vejo sozinha em cena. Somos o público e eu”, celebra.
A parceria entre Susana e Miguel tem uma longa história e rendeu um dos maiores sucessos do teatro brasileiro: a peça ‘A Partilha’ (1990), que gerou a bem-sucedida continuação ‘A Vida Passa’ (2000). “Eu e Susana tivemos um encontro de vida e estamos sempre juntos, é uma festa”, vibra Falabella. A recíproca é verdadeira e a atriz garante que trabalhar junto com o autor e diretor mudou sua carreira. “A minha vida artística se divide entre antes e depois do Miguel. Tenho uma carreira muito feliz, mas a ‘A Partilha’ nos uniu para sempre. É um prazer imenso, porque ele é um grande autor. E, como somos dois comediantes, damos risada de tudo o tempo todo. Temos o mesmo tempo de comédia. Somos amigos para sempre”, festeja Susana.
Premiado
O espetáculo conquista plateias do mundo inteiro desde sua primeira versão, em 1986, quando estreou em Londres, sendo agraciado com o prêmio Laurence Olivier Awards de melhor comédia e melhor atriz (Pauline Collins). Em 1989, entrou em cartaz na Broadway e Pauline Collins levou para casa o Tony Award. No mesmo ano, estreou a versão cinematográfica, também com Pauline Collins, indicada ao Oscar e Globo de Ouro, e vencedora do British Academy Film Award.
Serviço
Uma Shirley Qualquer, com Susana Vieira
Quando: 12 de novembro, às 21h, e 13 de novembro, às 19h
Onde: Teatro Goiânia
Classificação: 12 anos
Duração: 70 min
Ingressos:
Plateia Inferior
Inteira: R$ 160
Meia: R$ 80
Ingresso Comerciário: R$ 40, com credencial Sesc válida
Plateia Superior
Inteira: R$ 140
Meia: R$ 70
Ingresso Comerciário: R$ 30, com credencial Sesc válida
A venda em:
Komiketo da Av. T-4 (St. Serrinha)
Bilheteria do teatro a partir do dia 10/11
Ficha Técnica
Versão Brasileira: Miguel Falabella
Direção: Tadeu Aguiar
Figurino: Karla Vivian
Trilha Sonora: Sérvulo Augusto
Cenografia: Natália Lana
Programação Visual: Letícia Andrade
Produtor Executivo: Edgard Jordão
Realização: Polo BH Jordão Produções
Correalização: Sesc Goiás
Produção Local: Cia de Sucessos
Assessoria de Imprensa (Goiânia): FatoMais Comunicação