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Secretária de Meio Ambiente de Goiás defende união de esforços na implementação do Código Florestal

Em audiência pública no Senado, Andréa Vulcanis destacou a necessidade de cooperação entre setores e criticou a polarização que impede avanços na política ambiental.

Em uma audiência pública promovida pelo Senado na última terça-feira (18/06) para discutir os desafios da implementação do Código Florestal no Brasil, a secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, fez um apelo enfático pelo fim da polarização e pela união de esforços em busca de soluções definitivas. “Passou da hora de a gente parar com essa troca de acusações mútuas e entender o que cada parcela da sociedade pode fazer para que a gente avance na direção certa”, declarou.

Vulcanis sublinhou os desafios enfrentados pelo estado brasileiro na implementação eficiente do Código Florestal, apontando problemas estruturais. “Temos problemas graves para fazer o estado operar como uma máquina pública eficiente nesse tema. Isso é fato. E, até que isso esteja construído, do que adianta acusar um setor produtivo inteiro de ser o vilão da vez?”, questionou a secretária, destacando a importância de um enfoque regenerativo além do mero cumprimento da lei.

A secretária também ressaltou a necessidade de maior conscientização entre os produtores rurais sobre os impactos ambientais de suas atividades. “Precisamos mostrar para o produtor rural como ele pode olhar para seu território e entender que ele faz parte de um contexto maior”, afirmou, apontando a falta de entendimento sobre a relação de causa e efeito como um problema significativo.

Cadastro Ambiental Rural (CAR)

Para exemplificar as dificuldades enfrentadas, Vulcanis mencionou os problemas operacionais relacionados ao Cadastro Ambiental Rural (CAR). “Em Goiás, eu tentei customizar o Sicar. Contratamos o serviço e o governo federal não nos passou o código-fonte, em 2021. Agora, contratamos um novo sistema por R$ 5 milhões porque o sistema federal não nos dá uma resposta sobre sua operação”, explicou. Ela enfatizou que sem um sistema eficiente, a implementação do Código Florestal se torna inviável.

A audiência pública, presidida pelo deputado federal Nilto Tatto, que concordou com a necessidade de não vilanizar o agronegócio, contou com a participação de outros 12 especialistas em meio ambiente, incluindo representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, do Observatório do Código Florestal, da Embrapa e da Confederação Nacional da Indústria.

A transmissão completa da audiência pode ser vista aqui!

 

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