Sandro Mabel: Um Prefeito Isolado, sem Respeito aos Vereadores e Desconectado do Povo

A gestão de Sandro Mabel à frente da Prefeitura de Goiânia enfrenta um momento político delicado. Isolado politicamente e sem o apoio efetivo da maioria dos vereadores, o prefeito parece ter criado uma ruptura intencional com a Câmara Municipal. Em vez de buscar diálogo e construir pontes com os legisladores locais, Mabel tem optado por um caminho de confronto e desprezo pelas autoridades municipais, exacerbando uma crise política que prejudica diretamente a população.
A relação entre o prefeito e os vereadores da cidade tem sido marcada por tensões e falta de respeito mútuo. Ao negligenciar a importância da Câmara no equilíbrio do poder, Sandro Mabel expõe a fragilidade de sua estratégia política. Com o desprezo à base que deveria apoiar decisões cruciais para o município, o prefeito demonstra sua predileção por uma gestão centralizada e desprovida de consenso, ignorando que a aprovação de seus planos depende de alianças firmes com os vereadores.
Com o pouco apoio que restou, Mabel tenta apoio fora de Goiânia, apelando para deputados e aliados estaduais para articular a aprovação de seu plano de governo. Essa atitude não apenas reforça seu isolamento no cenário político local, mas também simboliza uma gestão que governa para poucos e despreza a maioria. Seria até irônico, se não fosse trágico: o prefeito recorre ao governo estadual em busca de apoio porque falhou em construir pontes com os próprios representantes do povo goianiense.
O foco de sua administração também levanta questionamentos. Ao longo de sua gestão, Sandro Mabel tem se mostrado voltado para as elites, priorizando ações que favoreçam grandes empresários e setores ricos da cidade. Às margens desse modelo de governança, ficam os mais vulneráveis. A mensagem é clara: quem é pobre, quem mora na periferia ou quem depende de investimentos em áreas essenciais — como saúde, educação e transporte público —, simplesmente não tem vez. A cidade parece estar sendo moldada para atender aos interesses de uma minoria privilegiada, enquanto a maioria sofre com descaso e abandono.
Essa desconexão entre Mabel e as demandas populares é refletida em sua postura diante dos vereadores, que muitas vezes representam diretamente os anseios da população. Ao ignorar esses representantes eleitos pelo povo, Mabel mostra que a democracia, em sua compreensão, é apenas uma formalidade que pode ser contornada por interesses próprios. Esse desrespeito institucional não só enfraquece a governança municipal, como também aprofunda a sensação de exclusão entre os moradores de Goiânia.
A gestão atual, mais preocupada em agradar uma elite econômica do que em resolver os problemas reais dos cidadãos, exige reflexão. Até quando Sandro Mabel vai permanecer de “pires na mão”, dependendo de favores políticos externos, enquanto se recusa a construir uma relação sólida e respeitosa com os vereadores? Até quando o prefeito continuará a ignorar os problemas das comunidades mais pobres em favor de seus próprios interesses e os de seus aliados mais ricos?
Esse é um momento crucial para Goiânia. A população está cansada de ser esquecida e merece uma gestão que olhe para todos, e não apenas para uma minoria privilegiada. Se Sandro Mabel continuar nesse caminho de isolamento e desrespeito aos representantes do povo, o futuro da cidade estará em risco — um preço alto demais para pagar pela arrogância de um gestor que parece governar apenas para poucos.